Política Quarta-Feira, 09 de Setembro de 2015, 19h:30 | Atualizado:

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Senador de MT alerta para "novo caos" rodoviário

 

Da Redação

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A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado aprovou, nesta quarta-feira, 9, os nomes dos três indicados pelo Ministério dos Transportes e pela presidente Dilma Rousseff  para a diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), após três horas de sabatina. São eles: Valter Casimiro Silveira, Gustavo Adolfo Andrade de Sá e Luiz Antônio Ehret Garcia. Os nomes deles agora serão submetidos a apreciação do plenário.

Relator da indicação de Valter Casemiro para o cargo de diretor-geral do DNIT, o senador Wellington Fagundes (PR-MT) pediu prioridade para aplicação de recursos na construção e manutenção de vias essenciais ao escoamento da produção do país. “Estamos em um momento de muitas dificuldades econômicas e é preciso estabelecer prioridades” – frisou.

“Lutamos 12 anos para ter uma malha viária razoável no Brasil. Mas a gente começa a perceber que pela falta de recursos temos obras paradas e uma preocupação com a manutenção” – salientou.

Fagundes fez um relato sobre a situação em que se encontram as rodovias federais em Mato Grosso, principalmente no que concerne ao processo de duplicação da BR-163, no trecho entre Rondonópolis e Cuiabá. A rodovia estaá sob concessão, mas esse trecho é de responsabilidade do DNIT. “Abandonar ou diminuir os investimentos em nossas estradas pode ser um novo caos” – alertou, diante da perspectiva da redução do volume de investimentos, ao mesmo tempo em que cresce a produção das commodities agrícolas.

Servidor de carreira do DNIT desde 2006, Valter Silveira foi coordenador de Obras Hidroviárias, coordenador-geral de Portos Marítimos e diretor de Infraestrutura Aquaviária. Ele ocupava o cargo de diretor-geral interinamente. Em entrevista concedida após a sabatina, Silveira falou que a autarquia vive um “problema financeiro momentâneo”, em referência à redução de 36% no orçamento do órgão para 2015, que passou de R$ 10 bilhões para R$ 6,4 bilhões.

Segundo ele, o cenário atual permite apenas “a priorização dos projetos mais importantes”, ligados ao escoamento da safra agrícola e de serviços de manutenção. “A autarquia não está iniciando novas obras para não gerar estoque de dívida. Desta forma, optamos por aumentar o cronograma das obras já em andamento, a fim de honrar os pagamentos”, destacou Silveira.

Durante a audiência, o senador republicano fez questão de enaltecer o esforço dos integrantes, do senador Garibaldi Alves, presidente da Comissão de Infraestrutura, e de todos os membros da CSI, para fazer com que as agências reguladoras e também o próprio DNIT pudessem contar com sua diretoria colegiada. Até então, todos os cargos eram ocupados por interinos - fato que dificultava o andamento e a celeridade das ações dos órgãos.

O senador Lasier Martins (PDT-RS) destacou a importância da sabatina aos diretores do DNIT. Segundo ele, foi possível obter uma radiografia mais precisa da realidade atual da malha viária brasileira. Com isso, pôde-se mensurar “o que vai dar para fazer e o que não vai dar” e evitar que os senadores “não passem por vendedores de ilusões”.

Outros indicados

Luiz Antônio Garcia foi indicado diretor de Infraestrutura Rodoviária do DNIT, cargo que já ocupava temporariamente. É servidor de carreira, tendo sido chefe do Serviço de Engenharia da Superintendência Regional de Mato Grosso e superintendente regional dessa divisão.

Gustavo de Sá, por sua vez, foi indicado para o cargo de diretor-executivo do Dnit. Graduado em Engenharia Civil, ingressou em 1984 no antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), atual Dnit, tendo exercido diversos cargos de chefia.

 





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