A visita do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou a aproximação do senador Wellington Fagundes (PL) com o Governo Bolsonaro. O senador mato-grossense foi o único que recebeu elogios de Queiroga durante o discurso dele, em Cuiabá.
Tudo devido ao projeto de Lei de autoria de Wellington, que permite a utilização de plantas industrias de produção da vacina animal para a produção de vacinas contra a covid-19. “O Brasil poderá cumprir o seu papel de líder e produzir vacinas para ajudar vários países”, avaliou o ministro da Saúde, numa referência ao projeto de Wellington, que já foi aprovado no Congresso, e agora aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Pelo projeto, essas plantas industriais poderão produzir até 400 milhões de doses em 90 dias, com toda a biossegurança necessária. O Ministério da Saúde já manifestou apoio ao projeto e confirmou interesse em adquirir a produção para disponibilizá-la ao Plano Nacional de Imunização. “Esse projeto ajuda o Brasil”, disse o ministro.
Queiroga também garantiu já estar em estudo o envio de mais doses de vacinas para Mato Grosso com o objetivo de criar uma “barreira sanitária” em relação aos países fronteiriços diante da ameaça de contaminação pela variante andina do coronavírus.
A variante foi encontrada pela primeira vez em agosto de 2020 no Peru. Na ocasião, a Organização Mundial da Saúde emitiu um alerta. Até o mês passado, ela estava presente em pelo menos 29 países, principalmente na América do Sul. Ao todo, 28 municípios de Mato Grosso estão incluídos na classificação de faixa de fronteira.
O senador encaminhou ofício ao Ministério da Saúde, na semana passada, reforçando a necessidade dessa “barreira sanitária” e o pedido ganha reforço após reportagem que mostra a introdução de uma nova variante B.1.621 durante o período da Copa América. Segundo a reportagem, amostras colhidas em Mato Grosso identificaram a variante em jogadores da Colômbia e Equador, que disputaram partida de futebol em Cuiabá, em 13 de junho. “Mato Grosso tem mais de 700 km de fronteira seca, o que permite o trânsito de pessoas entre um país e outro”, lembra o senador numa referência à Bolívia. Ele também cita a proximidade com o Paraguai. “Precisamos reforçar a vacinação nessas cidades. Isso vai beneficiar não só Mato Grosso, mas todo o Brasil”, avalia.