Senador vê ministério como "especulação" e articula disputa ao governo

 

O senador Wellington Fagundes (PR), afirmou que uma possível ida dele para o Ministério dos Transportes, por enquanto, não passa de especulação. Segundo o republicano, a decisão final é do presidente Michel Temer (PMDB) e que não se deve precipitar nada, já que seu companheiro de partido, Maurício Quintella, ainda está no cargo.

Porém, o atual titular da pasta já anunciou que sairá do cargo para disputar as próximas eleições. Nos bastidores, a tendência é de que o PR mantenha a indicação para o ministério.

Fagundes afirmou que o fato de trabalhar na área de infraestrutura e ser presidente da Frente Parlamentar de Logística, faz com que ele seja sempre lembrado para o cargo. O senador, entretanto, revelou que não teve nenhum convite e o partido não está discutindo isso internamente, tendo em vista que o atual ministro não definiu a data em que irá sair

“A gente não pode precipitar nada. O ministro Maurício Quintella está no cargo, é do PR e está fazendo um grande trabalho. Ele já anunciou a possibilidade de ser candidato, mas isso só acontecerá no mês de março. A indicação é do PR. São conjecturas e essa é uma decisão do presidente, a gente não se convida para ser ministro”, afirmou Fagundes.

QUESTÃO ELEITORAL

Além da ausência de convite, o senador lembrou que uma possível ida para algum ministério inviabilizaria uma candidatura sua no Estado. “Esse é um problema. Ser ministro inviabiliza uma candidatura. Estou discutindo com vários partidos o lançamento de um candidato, uma opção. O fato de ser parlamentar com tempo de mandato, de estar no meio do mandato, isso permite com que eu possa ser candidato aqui, ser secretário de capital, secretário de Estado e até ministro”, disse o senador, que vem sendo cotado para disputar o Governo do Estado pelo bloco de oposição ao governador Pedro Taques (PSDB). 

Fagundes, porém, afirma que está tentando viabilizar uma candidatura forte no grupo de oposição, o que permitiria que ele pudesse assumir o ministério, tendo um bom nome para concorrer ao governo do Estado contra Pedro Taques. “Tenho junto com todos esses partidos que constantemente a gente tem reunido, um compromisso. Compromisso de trabalhar um projeto alternativo ao que está hoje. Entendemos que a administração não está atendendo a população”, explicou.