Mantendo a linha firme de oposição ao governo federal, o que tem afastado a possibilidade de oferecer palanque a presidente Dilma Rousseff (PT) na campanha ao governo do Estado, o senador Pedro Taques (PDT )se juntou a outros parlamentares da oposição nesta terça-feira (8) para protocolar no Supremo Tribunal Federal (STF) mandado de segurança para garantir a instalação de uma CPI que investigue exclusivamente denúncias de má gestão e desvio de recursos na Petrobrás.
Nas últimas semanas, a base aliada do Palácio do Planalto tenta incluir na mira da CPI da Petrobrás investigações relacionadas ao Cartel do Metrô de São Paulo durante administrações do PSDB e obras envolvendo o Porto de Suape, em Pernambuco. A estratégia é atingir diretamente os pré-candidatos a Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
O pedido de CPI é assinado por 32 senadores da base aliada, apoio suficiente para a instalação, que exige 27 assinaturas. O pedido, encabeçado pelo líder do PT, Humberto Costa (PT-PE), é uma resposta à criação da CPI da Petrobras, iniciativa da oposição para investigar a compra pela petroleira da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Com o mandado de segurança protocolado no STF, a oposição busca limitar a investigação da CPI a Petrobrás. O argumento é que a Constituição defende o direito de minorias parlamentares investigarem objetos que estejam delimitados, que esse requerimento tenha o número de assinaturas exigido e tenha um tempo para essa investigação.
Ao defender sua postura, Taques já declarou que está cumprindo seu dever de fiscalizar. “Sou senador da República, e não senador da Presidência da República. Tenho o dever constitucional de fiscalizar atos do Executivo e assim o farei”.
Ze Paulo
Quarta-Feira, 09 de Abril de 2014, 11h25Elifas Jose Ribeiro Ribeiro Ribeiro
Quarta-Feira, 09 de Abril de 2014, 09h20