Conselheiro alerta empresário de risco de tragédia por obra em VG
Além de apontar atraso em quase todas as obras de mobilidade urbana que estão sendo executadas em Cuiabá e Várzea Grande para a Copa do Mundo, o relatório do Tribunal de Contas aponta erros de projetos e riscos que a população sofre diante do mau planejamento. Uma das situações preocupantes é com a duplicação da estrada da Guarita, considerada importante por ser uma opção de ligação do aeroporto Marechal Rondon com a Arena Pantanal, e ainda ao COT da Barra do Pari.
Além dos atrasos, onde considera muito difícil de a obra estar totalmente concluída até 31 de maio, o TCE aponta para o risco de desabamento do condomínio Terra Nova Várzea Grande. Os auditores do TCE explicaram que, por estar num nível mais alto que a estrada, o condomínio corre risco de desabamento na hora em que for feita a compactação do terreno, necessária na hora da duplicação do trecho. “Será necessária a construção de um muro de contenção em frente ao condomínio”, determina o relatório.
A estrada da Guarita está, atualmente, 77% concluída. Ainda há muito serviço a ser feito e, durante inspeção do Tribunal de Contas, não havia operários trabalhando no trecho de 1,7 quilômetro ainda não duplicado. Remoção de postes de energia e desapropriações ainda precisam ser feitas.
O TCE ainda apontou má qualidade em parte da obra já executada. No pavimento novo, próximo a Barra do Pari, já são encontradas “verdadeiras panelas”. Em outros trechos poças d’água são formadas no asfalto, colocando em risco motoristas e passageiros de veículos.
OBRA
A obra de duplicação da estrada da Guarita tem mais de 8,4 km de extensão localizados nos Bairros Guarita I e II, se estendendo até a passagem da Conceição. A construtora responsável pelos serviços é a Agrimat Engenharia e Construção, de propriedade do empresário e pecuarista Mário Cândia. Pelos serviços, a empreiteira receberá R$ 29,2 milhões sem os tradicionais aditivos.
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