A Nutrana – Refeições Coletivas, que fornecia alimentação nas unidades de saúde pública de Cuiabá, servia refeições com insetos. A empresa tenta reverter uma rescisão de contrato com a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), ligada à prefeitura da capital.
O setor sofre uma intervenção do Governo do Estado desde o fim do mês de dezembro de 2022. A presença de insetos nas refeições oferecidas pela Nutrana foi revelada pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT), Valter Albano, em publicação do dia 27 de dezembro de 2022.
O membro da Corte de Contas analisava um pedido de anulação da rescisão de contrato entre a empresa de fornecimento de refeições e a prefeitura de Cuiabá. Nos últimos seis anos, a organização faturou mais de R$ 10,4 milhões na prestação de serviços à prefeitura da capital.
O conselheiro do TCE/MT, atuando em plantão, negou a suspensão da anulação. Em 22 de dezembro a Nutrana já havia sofrido uma derrota na Corte de Contas com a rejeição cautelar de seu pedido pela manutenção do contrato.
A existência de insetos nas refeições foi comprovada por meio de fotografias e vídeos fornecidos por um dos diretores da ECSP, Paulo Sergio Barbosa Rós, à Corte de Contas. “Em sua manifestação, o Diretor-Geral da Empresa Cuiabana de Saúde, Sr. Paulo Rós, esclareceu que devido às reclamações da má qualidade na distribuição e no preparo das refeições, e até mesmo da verificação de insetos na cozinha e nos alimentos, conforme demonstrado em fotos e vídeos anexos as informações ora prestadas, é que se procedeu à notificação da empresa Nutrana Refeições Coletivas, em 15/12/2022, para suspensão dos seus serviços a partir de 23/12/2022”, revela a decisão.
Valter Albano reconheceu as irregularidades na prestação do serviço “considerando, sobretudo, os graves relatos de má qualidade na distribuição e no preparo das refeições, e, inclusive, de péssimas condições de higiene no manuseio e no fornecimento dos alimentos”. O escândalo de refeições servidas com insetos nas unidades de saúde geridas pelo município de Cuiabá ocorre num momento delicado para o setor – e consequentemente para toda população.
No dia 28 de dezembro de 2022, o desembargador do Tribunal de Justiça (TJMT), Orlando Perri, também no plantão, determinou a intervenção na saúde da Capital atendendo a uma representação do Ministério Público do Estado (MPMT). Segundo o Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed), que realizou a denúncia ao MPMT, houve a apresentação de uma “farta documentação apontando fortes indícios de fraude na contratação de empresa para atividade-fim na área da saúde do Município de Cuiabá, bem como o descumprimento de diversas decisões judiciais que, no decorrer dos últimos anos, determinaram ao requerido a cessação de práticas antirrepublicanas”.
Entre os problemas encontrados pela população não só de Cuiabá, mas também de todo o estado, que recorre à saúde pública disponível na capital, estão a falta de médicos e medicamentos, atrasos no pagamento de salários, assédio moral contra servidores e prestadores de serviço, além de outras irregularidades.
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Quinta-Feira, 05 de Janeiro de 2023, 09h03Gustavo
Quinta-Feira, 05 de Janeiro de 2023, 06h36Adnen Rajab
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