Política Sexta-Feira, 29 de Junho de 2018, 08h:40 | Atualizado:

Sexta-Feira, 29 de Junho de 2018, 08h:40 | Atualizado:

RENÚNCIA MILIONÁRIA

TJ cita prejuízo de R$ 73 milhões e cassa incentivos fiscais de 11 empresas em MT

Rui Ramos Ribeiro suspendeu decisões de 1ª instância que haviam "devolvido" incentivos as organizações privadas

DIEGO FREDERICI
Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

ruiramos.jpg

 

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador Rui Ramos Ribeiro, suspendeu, no dia 26 de junho, 11 decisões de 1ª instância que concederam pela via judicial a inclusão ao Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (PRODEIC), a principal política pública de incentivos fiscais a empresas no Estado. As organizações, cujos nomes não são revelados porque as ações tramitam em sigilo, foram excluídas do programa pelo Governo do Estado e conseguiram ser novamente enquadradas após interposição de ações na Justiça. 

O Governo do Estado interpôs uma ação (incidente de suspensão de liminares e sentenças) contra 22 ações que fizeram com que as empresas fossem novamente reenquadradas no Prodeic. De acordo com informações dos autos, o poder executivo as excluiu do programa pelo fato delas não apresentarem em sua Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) a categoria de “Indústria de Transformação” – ou seja, suspeita-se que tratam-se de prestadores de serviços da área comercial.

Os prejuízos aos cofres públicos pelo não recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – um dos benefícios usufruídos pelas empresas -, foi de R$ 73.913.697,58 no ano de 2017, de acordo com o Governo do Estado. “As decisões causam grave prejuízo à economia pública do Estado de Mato Grosso, na medida em que as empresas mantidas judicialmente no PRODEIC deixaram de recolher a título de ICMS, somente no ano de 2017, “importância aproximada de R$ 73.913.697,58 (setenta e três milhões, novecentos e treze mil, seiscentos e noventa e sete reais e cinquenta e oito centavos). Para 2018, o prejuízo estimado é de 74 milhões de reais”, diz o Governo do Estado.

O presidente do TJ-MT aceitou os argumentos do Governo e, lembrando que sua decisão não refere-se ao “mérito” da questão, e sim apenas a prevenção frente ao “risco de grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e/ou à economia públicas”, também explicou que o Governo do Estado apresentou déficit em suas receitas de 10,20% no 3º quadrimestre de 2017. “Tal cenário, quando analisado à luz do balanço financeiro do 3º quadrimestre de 2017 apresentado pela SEFAZ, que apresenta déficit de 10,20% na receita total do Estado de Mato Grosso naquele período, é capaz de bem traçar o evidente risco à economia pública”, diz outro trecho da decisão.

Os incentivos fiscais representaram o “Calcanhar de Aquiles” do ex-governador Silval Barbosa, e motivaram a 1ª fase da operação “Sodoma”, que apurou que o Governo do Estado concedia o benefício a grandes empresários em troca de propina e utilizava o esquema como lavagem de dinheiro. O caso levou Barbosa e os ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi à cadeia em setembro de 2015.

O programa de incentivos, porém, é visto como uma forma de desenvolvimento regional e social. Para ser enquadrada, as empresas precisam cumprir metas, principalmente de geração de empregos. Para 2018, o Governo prevê a concessão de cerca de R$ 3 bilhões em incentivos.

 





Postar um novo comentário





Comentários (6)

  • Gil

    Sexta-Feira, 29 de Junho de 2018, 13h38
  • Isto ainda é um dos legados deixados pelo governo passado, que quer voltar ao poder por meio do Welinton Fagundes e Jaime campos.
    3
    0



  • Jojo

    Sexta-Feira, 29 de Junho de 2018, 11h32
  • E AS EMPRESAS CONTINUARAM RECEBENDO MUITO MAIS NO ATUAL GOVERNO... E AÍ ? AH SEI! ... DEVE SER PORQUE ELAS NAO APOIARAO A REELEICAO DO DITADOR
    7
    3



  • Nene Bocaiuva

    Sexta-Feira, 29 de Junho de 2018, 10h46
  • É quebra de sigilo fiscal? o processo corre em segredo de justiça? o site não quer/pode divulgar os nomes das empresas?
    14
    0



  • amilcar

    Sexta-Feira, 29 de Junho de 2018, 10h40
  • Pelo que se comenta estes incentivos foram mantidos com o dedo e orientação do Dr. Paulo Taques, muito embora o primo governador não soubesse de nada....
    9
    2



  • jota2018

    Sexta-Feira, 29 de Junho de 2018, 10h18
  • TJ FAZ TUDO ISSO, MAS NO FINAL DAS CONTAS NÃO RESOLVE NADA, PELO MENOS ISSO QUE VEM MOSTRANDO Á ANOS ... E AINDA DA PRA PREFEITA DE QUE ENCHEIO A BOLSA COM DINHEIRO DE PROPINA E AINDA É GANANCIOSA QUE QUERIA MAIS DOS OUTROS COMPANHEIROS. ISSO É JUSTIÇA ? ELE VAI ENTRAR E REGAÇAR PRA ARRUMAR DINHEIRO PRA SEU MARIDO PARTICIPAR DO PLEITO ESSE ANO. SÓ JESUS NA CAUSA DO BRASIL.
    10
    1



  • RENATO CAETANO MONFORTE

    Sexta-Feira, 29 de Junho de 2018, 08h51
  • PRECISA POR O NOME DAS EMPRESAS, PARA A POPULAÇÃO FICAR SABENDO E BOICOTAR ESSAS EMPRESAS, QUE SE BENEFICIAM COM DINHEIRO PUBLICO GERADO PELO CONTRIBUINTE.
    47
    3











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet