A Executiva municipal do Partido Social Democrático (PSD) deve enquadrar o vereador por Cuiabá Toninho de Souza (PSD) sob a acusação de infidelidade partidária. O social-democrata ignorou uma resolução da legenda e votou pela cassação do correligionário João Emanuel (PSD).
Toninho é presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara e conduziu todos os trabalhos de investigação contra o ex-presidente da mesa diretora. Por conta disso, desde o começo do processo interno, João Emanuel e sua defesa questionaram o posicionamento de Toninho. O fato de eles serem do mesmo partido também chegou a ser ressaltado por outros parlamentares.
Como Toninho não deixou a presidência da Comissão, João Emanuel ingressou, ainda nesta semana, com uma representação junto à diretoria do partido contra o correligionário. No documento, o ex-vereador alegou infidelidade partidária e pediu a expulsão de Toninho da legenda, bem como a cassação de seu mandato. Além disso, durante o decorrer deste processo, solicitou o afastamento do colega da condição de líder do partido na Câmara.
Para João Emanuel, Toninho e os demais membros da Comissão de Ética cometeram diversas ilegalidades na condução do processo interno, tal como prevaricação e subtração de provas e documentos. À legenda, o ex-presidente também pediu que Toninho fosse impedido de votar durante a sessão em que foi apreciado o pedido de cassação. O resultado foi a elaboração de uma resolução, no último dia 17, na qual o PSD determina que um correligionário não vote no outro em qualquer procedimento do Legislativo.
O descumprimento desta medida pode implicar na abertura de processos disciplinares, que podem ter como consequência a expulsão e a perda do mandato. Toninho, por sua vez, garante não temer represálias por parte do partido. Em seu entendimento, ele apenas cumpriu o papel de um vereador, “agindo com base na legislação”.
Ac?cio
Domingo, 27 de Abril de 2014, 09h23Iron
Sábado, 26 de Abril de 2014, 17h22