O vereador Marcrean Santos (MDB) se defendeu da acusação de ter invadido a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do antigo Pronto-Socorro de Cuiabá, e ter dado 'carteirada' no médico Marcos Vinicius Ramos de Oliveira para obter informações do quadro de saúde de uma paciente que estava internada no local. O parlamentar explicou que a mulher estava internada há cerca de um mês e seria parente dele de terceiro grau, que havia vindo do distrito de Mimoso (120 km de Cuiabá) para se tratar na unidade e lá, contraiu uma infecção.
Foi então que a família do vereador entrou em contato com ele para que ele pudesse os auxiliar em caso de transferência ou até para esclarecer o que a paciente tinha. Em sua explanação, não fica claro se ele entrou ou não na UTI, mas ele conta que ligou para o secretário de Saúde, Deiver Teixeira, e, em seguida foi até o antigo PS e procurou o médico no local e teria o encontrado dormindo em pleno expediente.
O legislador afirma que neste momento estavam seis familiares da paciente e mais dois profissionais da saúde. Inclusive, avisou que irá acionar o clínico-geral no Conselho Regional de Medicina (CRM-MT).
"Eu fui lá verificar uma situação de uma parente e verifico para qualquer pessoa que me chamar. Sou um fiscal do poder público e fui lá para saber, fiscalizar se estava sendo atendida, qual quadro de saúde dela. O que mais me indigna é que eu acordei o médico que estava dormindo no horário de trabalho e chamou a polícia para mim", relembrou. O médico apresentou ao presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o vereador na sessão de quinta-feira (13).
O servidor acusa o parlamentar de ter invadido o antigo PS, no último domingo (9) e, aos berros, teria ameaçado o profissional e sua equipe exigindo informações de seu interesse pessoal. Ele registrou um boletim na Polícia Civil também.
Questionado sobre o pedido de cassação, Marcrean disse que é absurdo e defendeu que estava apenas exercendo sua prerrogativa de vereador que é de fiscalizar. "Eu que vou protocolar contra ele no CRM por omissão de informação e omissão de socorro. Já pedi ao secretário Deiver a cópia de todo o formulário e tratamento dela. Quero tudo que foi usado nela para mandar o Ministério Público averiguar. Entrarei na Justiça contra esse médico e o que ele cometeu", disparou.
COMISSÃO DE ÉTICA
Para ingressar com a representação, o médico alega "uma afronta ao trabalho dessa unidade de saúde" e argumenta que isso fere "moralmente artigos do código penal brasileiro, como o desacato a funcionários públicos no exercício de sua função". O crime de desacato ocorre quando alguém ofende um funcionário público que está exercendo seu trabalho. A pena pode ser de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar é formada pelos vereadores Rodrigo Sá e Arruda (PSDB), Kassio Coelho (Podemos) e Wilson Kero Kero (PMB).
EULER B OLIVEIRA
Terça-Feira, 18 de Junho de 2024, 09h25Bruno
Segunda-Feira, 17 de Junho de 2024, 19h35Gina indelicada
Segunda-Feira, 17 de Junho de 2024, 18h11Observador
Segunda-Feira, 17 de Junho de 2024, 16h17Adamastor
Segunda-Feira, 17 de Junho de 2024, 16h05Contribuinte indignado
Segunda-Feira, 17 de Junho de 2024, 15h35Mirão
Segunda-Feira, 17 de Junho de 2024, 14h32