Política Domingo, 12 de Janeiro de 2020, 15h:36 | Atualizado:

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DENÚNCIA FALSA

Vereador cita "cortina de fumaça" e diz ter visto "mala de provas" com servidora em Cuiabá

Abílio Júnior ainda afirma que vereador e prefeito devem processar Elizabete

CARLOS MARTINS
Da Redação

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Em transmissão ao vivo por meio de uma rede social na quinta-feira (8), o vereador Abílio Júnior (PSC) disse que notícias que envolvem seu nome como tendo participado de uma armação para prejudicar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não passam de fake news e têm o objetivo de criar uma “cortina de fumaça”, para ocultar denúncias de corrupção na área da saúde. “O que tem que ser descoberto é a corrupção no Hospital São Benedito, na Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Espero que a polícia, o Ministério Público, esclareçam, e que a Câmara Municipal se interesse sobre o assunto”, disse o vereador, que responde na Câmara de Ética processo de cassação, por quebra de decoro parlamentar.

“Tem esquema também no Hospital Municipal de Cuiabá. Eles estão querendo desacreditar a mulher para que as denúncias sejam desacreditadas. Chama-se cortina de fumaça”, acrescentou. 

Durante a conversa, Abílio também rebateu a trecho da declaração prestada pela servidora do Hospital São Benedito Elisabete Maria de Almeida na manhã de terça-feira na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). Durante a oitiva, Elisabete recuou do teor do depoimento prestado na Defaz no dia 27 de novembro, e negou que tenha estado na casa do vereador Juca do Guaraná (Avante) na noite de 21 de novembro, ocasião em que teria testemunhado uma articulação para a cassação de Abílio. Entretanto, a servidora relatou que Abílio sabia que ela não esteve na casa de Juca. 

“Se ela falar que é armação minha, pego os áudios, os vídeos que fiz dela e a processo, porque ela está fazendo uma acusação falsa”, disse Abílio. No depoimento prestado na Deccor, Elisabete disse que contou a Abílio na noite de 26 de novembro que não esteve na casa de Juca, mas Abílio pediu para ela manter a versão no depoimento que ela prestaria no dia seguinte (27) na Defaz, ao qual foi acompanhada por Abílio. 

Na manhã do dia 26 de novembro, Elisabete compareceu à Câmara na Comissão de Ética arrolada pelo ex-vereador Oseas Machado para depor contra Abílio. Na ocasião, Elisabete contou diante dos membros da Comissão que esteve na casa de Juca e testemunhou uma articulação envolvendo o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e vereadores visando sua cassação. Emanuel teria oferecido aos vereadores R$ 50 mil em dinheiro e 20 cargos comissionados.

Após receber à tarde mensagem por aplicativo da servidora, relatando que estava com medo, Abílio foi à noite até à casa de Elisabete, no bairro CPA 4. Ele estava em um carro junto com o advogado, e em outro veículo seguiu uma assessora e um policial que foi requisitado para a segurança.

Na casa estava Elisabete, dois filhos e um amigo da família. Segundo Abílio, ela pegou uma mala cheia de papéis e disse que ali estavam provas de corrupção no Hospital São Benedito.

Abílio relata que ainda perguntou se ela podia mostrar o vídeo que dizia ter em seu celular mostrando o prefeito Emanuel Pinheiro entregando dinheiro para os vereadores, mas ela disse que não podia entregar e ia mostrar o vídeo no dia seguinte à polícia (o que acabou não acontecendo). Ela contou também que o vídeo fora enviado ao celular de uma amiga e que o filho havia colocado na nuvem.

O vereador contou que perguntou se ela queria ir para um hotel, por medida de segurança e a mulher acabou aceitando. A seguir, eles saíram da casa e se dirigiram ao Hotel Delmond. Num carro estavam Abílio, o assessor, Elisabete e a filha pequena.

Em outro veículo, seguiu a assessora acompanhada de policiais da base da PM no CPA 4. “A polícia deu cobertura, eles estavam sabendo. Não foi nada escondido, nada camuflado. A reunião no hotel foi depois que ela fez a denúncia, queria ter certeza que ela não sofreria nada. Coisa que a Comissão de Ética teria que ter feito”, criticou.  

No hotel, ficou combinado que no dia seguinte um investigador acompanharia Elisabete até a Defaz na manhã seguinte (27 de novembro). Abílio disse que perguntou ainda a Elisabete se ela estava segura do que ia dizer na delegacia, se tinha provas.

Ainda no hotel, ele pediu para Elisabete gravar um depoimento, para que relatasse tudo o que dissera pela manhã na Comissão de Ética. “Ela gravou e contou toda a história”, disse o vereador Abílio Júnior. “Essa mulher não tem noção. Está tudo gravado, registrado em cartório”, complementou.

Durante a transmissão ao vivo nesta quinta-feira, Abílio lembrou que não conhecia Elisabete e que só veio a conhecê-la na manhã de 26 de novembro quando ela esteve depondo na Comissão de Ética na Câmara.

Até então, ela vinha mandando mensagens para seu celular relatando supostas irregularidades no Hospital São Benedito. Foi por meio de mensagens, que ela também fez um relato da articulação que supostamente havia presenciado na casa do vereador Juca do Guaraná na noite de 21 de novembro.

Ela teria ido ao local a convite de sua chefe no hospital, Cláudia de Almeida Costa. Posteriormente Cláudia negou em documento entregue a Juca do Guaraná que tivesse ido ao jantar.

Abílio também comentou sobre o fato de o prefeito Emanuel Pinheiro ter ido à Assembleia Legislativa, para que fosse investigada uma suposta articulação da Polícia Civil para prejudicá-lo, sob a orientação do governador Mauro Mendes (DEM). “O prefeito, desesperado, com o rabo entre as pernas, foi à Assembleia Legislativa e falou com o Botelho [Eduardo, presidente da ALMT], dizer que estão armando, o governador quer me prejudicar”.

Ele reiterou que não tem nada a ver com a situação. “O que eu tenho a ver com isto? O prefeito é que tem que denunciar e processar a mulher”, disse ele. “Os delegados foram mandadoz embora. A Assembleia chamou os delegados para depor. A mulher sumiu, disse que tem problemas mentais. Juca e nem o prefeito processaram a mulher. Começaram a usar isso como marketing político e usar para cima de mim, eu, que só recebi as mensagens [de Elisabete] e comecei a ser atacado”. 

Ao falar sobre os delegados, Abílio se referiu a Lindomar Tófoli e Anderson Veiga, que foram transferidos da Defaz por supostamente usarem indevidamente a delegacia para prejudicar desafetos políticos do governo. Abílio também aproveitou para aconselhar Juca do Guaraná, que avisou que vai processá-lo, por julgar que ele está por trás da informação que houve em sua casa uma reunião para tramar sua cassação. "Juca disse que vai me processar, por invasão de privacidade. Quando eu invadi a privacidade da casa de Juca? Juca quer defender a honra do prefeito, então que processe a mulher. Pode vir, que vai levar taca, não tem prova, e ainda vou ter o prazer de reprocessar”.

 





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Comentários (8)

  • Justo

    Quarta-Feira, 15 de Janeiro de 2020, 13h08
  • O que importa vereador Abilio é que a população pensa e percebe, estamos vendo o que o corrupto do prefeito e os seus lambe botas da camara estão tentando te denegrir, mas a verdade vem a tona. Começando que as investigações do PALETÓ voltou e isso é vitoria do povo contra a maldição da corrupção. FORA PALETÓ.
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  • Jo?o Bosco Sorrilha

    Segunda-Feira, 13 de Janeiro de 2020, 08h05
  • A verdade que é o Vereador pisou no tomate! A gana era tanta por holofotes que até acredito na Elisabete, quando ela disse que você a obrigou a manter a farsa, tipicamente, Joesley Batista "tem que manter isso viu". A casa caiu Abílio!
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  • Antonio Marcos

    Segunda-Feira, 13 de Janeiro de 2020, 07h45
  • É vereador Abílio, depois de negar que a pessoa que aparece em vídeo no hospital é vc, fica difícil sustentar suas mentiraras. Pode ser que o vereador tenha um sósia perfeito. Negou também que, antes dos fatos, conhecia a sra Elisabete. a dita é membra frequentadora da mesma denominação evangélica Assembléia de Deus e disse em um trecho lido pelo próprio Abílio que ela, a sra Elisabete não bebe e o vereador sabe desse fato. As contradições na armação orquestrada pelo vereador são muitas, é pessoas que esteve na festa do Juca e não foi vista pela mensageira e, outros que não estiveram lá mas foi dito que esteve.
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  • Luiz Roll

    Domingo, 12 de Janeiro de 2020, 23h04
  • Abílio vc já passou dos limites toleráveis faz tempo, eu até gostava de algumas ações suas hj vejo que vc fez mais por vaidade do que por resultado, não respeita pessoas,. Servidores nem a inteligência de quem já gostou de vc um dia. PEDE PRA SAIR ABILIO!!
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  • Bird

    Domingo, 12 de Janeiro de 2020, 21h08
  • Abílio quem não deve não teme essa corja vai cair tudinho e entre eles a traição ocorrerá com o desespero da verdade que está por vir força Abílio torço pela sua vitória contra essa corja
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  • Frank Sabi?

    Domingo, 12 de Janeiro de 2020, 19h00
  • Ué, Vereador Abílio depois de ler toda a matéria e ver o vídeo de Vossa Senhoria no Facebook, tenho a impressão que houve PREVARICAÇÃO, aliás o Ex Marido da Elisabete como vc disse é "Polícia Federal" e Ela não o avisou ? - e Em que Momento Ela Corre Risco de Vida para ser levada para um Hotel ? E depois de Registro do B.O não teve mais "Hotel" ?? - Eu sou apenas um rapaz latino americano e sem dinheiro no banco, então EU ACHO QUE QUEM DEVE PROCESSAR A ELISABETE é VC, que diz que foi "Usado".
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  • Amosil

    Domingo, 12 de Janeiro de 2020, 18h56
  • Existe um ofício ou pedido ao Cmdo da base PM cpa 4 ,pra fazer a escolta????Ou os PMs estavam d folga?? Não coloca a corporação nos seu rolos , VEREADOR.
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  • Jo?o da Costa

    Domingo, 12 de Janeiro de 2020, 16h55
  • Quanto mais eles tentam acobertar os atos do prefeito mais eles se lambusam, por que as acusações deles contra o vereador só nos da a certeza de que algo de muito podre aconteceu
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