O líder do Executivo na Câmara Municipal de Várzea Grande, o vereador Cleyton Nassarden, o Sardinha (PTB), durante a sessão ordinária realizada nesta quarta-feira (22), mostrou sua insatisfação com o governador Mauro Mendes (UB), afirmando que o chefe do Poder Executivo não dá a devida atenção ao município, ao contrário do que faz com Cuiabá. Nesse contexto, ele sugeriu que, se fosse possível, ajudaria a elaborar uma lei para transferir a cidade industrial para uma distância de 50 quilômetros da capital.

Nessa linha, o vereador, que também é policial militar e formado em jornalismo, destacou que a Capital dispõe de vários serviços, como um Instituto Médico Legal (IML) e uma Delegacia da Mulher enquanto VG possui apenas o aeroporto que "apresenta riscos para a cidade, como a possibilidade de queda de uma aeronave".

"Nosso governador pouco se importa com Várzea Grande. Eu já disse que, se tivesse o poder de criar uma lei para mudar Várzea Grande a 50 km de distância de Cuiabá, nós faríamos isso. Porque Cuiabá tem de tudo. Não temos Delegacia da Mulher em VG, mas tem em Cuiabá. Não temos IML em Várzea Grande, mas tem em Cuiabá. Nós temos apenas o Aeroporto. Deus me livre de acontecer uma tragédia e matar um monte de várzea-grandenses, mas até isso é colocado para nós. Mudem o Aeroporto para Cuiabá, lá na prainha. Se um avião cair, que caia lá e não aqui", declarou Sardinha, demonstrando total desconhecimento sobre assuntos de aviação e sobre a rotina de um terminal aeroportuário, bem como as leis e regras rígidas de segurança que envolvem o transporte aéreo. 

O posicionamento de Sardinha foi motivado por críticas às obras de implantação do BRT na Avenida da FEB, um dos principais corredores que ligam a cidade a Cuiabá. "Essa obra é de responsabilidade do Governo, do senhor Marcelo Padeiro (Sinfra). Vamos voltar um pouco no tempo, imagine se essa obra fosse na Couto Magalhães. Deus foi tão maravilhoso que deu sabedoria para todos nós e para o prefeito Kalil Baracat, para que pudéssemos impedir essa obra na Couto Magalhães. É como diz o ditado: Várzea Grande está lá, vamos deixar lá. Isso é coisa do governador do estado", acrescentou.