Vereadora constata falta de enfermeiros e medicação em unidades de saúde

 

A vereadora Baixinha Giraldelli (Solidariedade) realizou uma fiscalização neste sábado (4) na Policlínica do bairro Pedra 90 e na UPA do bairro Pascoal Ramos, constatando sérias irregularidades nas duas unidades de saúde. A postura firme já nos seus primeiros dias de mandato como vereadora, Baixinha evidencia sua continuidade à sua histórica atuação no Pedra 90 e estendendo sua atuação para toda Cuiabá.

Na Policlínica do Pedra 90, Baixinha observou uma superlotação alarmante e leitos em péssimas condições. "Os leitos estão todos lotados e muitos estão estragados", relatou a vereadora. Ela também destacou o problema com o equipamento de raio-X, que, mesmo entregue há mais de três meses, ainda está guardado na caixa. "A sala foi reformada, mas a máquina não foi instalada. Está tudo fechado até agora", afirmou. 

Outro problema apontado foi a falta de medicamentos. "Os médicos até prescrevem remédios, mas não tem para dar aos pacientes. Eles têm que comprar, e muitos não têm condições de pagar", disse Baixinha, enfatizando que isso afeta diretamente a população carente.

Na UPA do Pascoal Ramos, a situação não foi diferente. "Está super lotado, super lotado também", afirmou a vereadora, mencionando a falta de profissionais de saúde.

"Só tem dois técnicos e falta um enfermeiro, o que deixa tudo mais difícil", explicou. 

Ela também destacou a sobrecarga da sala de medicação, com pacientes aguardando. Baixinha constatou a falta de infraestrutura, como cadeiras e camas, além da escassez de remédios. 

"Aqui a demanda é enorme, com 200 pacientes por hora e só dois enfermeiros", relatou. A vereadora também se deparou com uma paciente idosa de 70 anos aguardando há dois meses por uma cirurgia cardíaca, sem qualquer perspectiva de atendimento.

Baixinha explicou que está fiscalizando para identificar as necessidades e ajudar o mais rápido possível, já que os profissionais de saúde estão trabalhando sem receber seus salários no prazo e de forma atrasada, "por amor".  

"Outra coisa errada, aquilo que eu já falei, é dar um remédio em vez de mandar as pessoas comprarem", afirmou, destacando que essa prática precisa ser corrigida.

A vereadora continuou enfatizando a importância de uma gestão mais eficiente para solucionar essas falhas. "Vamos continuar fiscalizando, achando os erros para que a saúde de Cuiabá melhore", concluiu.