Vereadores da Câmara Municipal de Ipiranga do Norte (437 km de Cuiabá) acabaram se “confundindo” ao aprovar as contas da prefeitura da cidade, referente ao ano de 2022. A situação foi exposta pela vereadora de oposição, Alexandra Cossul (Podemos), nesta terça-feira (24).
Conforme a parlamentar, durante a leitura do texto, a Mesa Diretora mencionou que o decreto era sobre as contas de 2023, quando, na verdade, se tratava das contas de 2022.
Ao final da leitura, e antes de informar o seu voto, ela questionou de qual ano exatamente se tratava aquelas contas e lembrou que em 2022, o município havia recebido alguns apontamentos do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) em relação ao relatório.
No entanto, o presidente da Casa de Leis, Rogerio do Carmo Gabriel (SD), chamou a atenção da vereadora, dando a entender que ela estaria “desatenta”. "Gostaria de pedir para que a vereadora acompanhe a sessão, para que não tumultue e dê a impressão àqueles que estão assistindo de algo errado", disse.
Após os esclarecimentos, a própria vereadora votou favorável e citou que os apontamentos do TCE já haviam sido corrigidos pela administração municipal. No entanto, reclamou da postura do chefe do Legislativo. "Fico triste ao sofrer essa tentativa de desmerecer meu trabalho. É minha função enquanto vereadora fiscalizar o executivo, mas eu também tenho a liberdade de apontar uma falha aqui na nossa sessão, sem que isso seja tratado como tumulto", disse a vereadora Alexandra.
A vereadora publicou um vídeo em suas redes sociais expondo a situação e afirmou que a falta de atenção não foi dela, mas sim dos colegas. "A falta de atenção não foi minha. Eu estava tão atenta que percebi o erro antes de todos votarem uma importante pauta. Agora, por que será que a única vereadora mulher teve que ser apontada como desatenta e tumultuadora só por fazer um questionamento?", expressou.