Na avaliação da vereadora Maysa Leão (Republicanos), sua agremiação não tem musculatura política suficiente para disputar uma eleição majoritária. Segundo a parlamentar, o protagonismo do partido será em compor uma eventual chapa de vice-candidatura nas eleições municipais de 2024 provavelmente com o presidente da Assembleia Legislaytiva, deputado Eduardo Botelho (União).
“A tendência é compor uma chapa. Eu já sou um pouco mais pé no chão, mais realista. Não temos uma candidatura que tenha capilaridade para passar na frente das pré-candidaturas que já foram lançadas. Então, vejo que o protagonismo do Republicanos será fazer parte de alguém que já se lançou e tem a possibilidade de vencer as eleições para que a gente não prejudique a chapa de vereadores ou diminuía a participação do partido na gestão de Cuiabá”, opinou Maysa Leão, na quinta-feira (26).
A declaração de Leão vai na contramão de uma declaração recente de seu correligionário, o deputado estadual Diego Guimarães. Em entrevista à rádio Capital, na quarta-feira (25), o parlamentar colocou seu nome à disposição para disputar o pleito do ano que vem, longe da polarização direita e esquerda, ou seja, numa espécie de terceira via.
Ele justificou a decisão por acreditar que o Republicanos está pronto para ter candidatura própria para disputar o cargo no Alencastro. Além disso, Guimarães afirmou que os pré-candidatos já anunciados não agradam totalmente a população cuiabana. “O desejo [de ser candidato] está no meu coração. Os nomes que se apresentam, percebo que não agradam a população como um todo, agrada uma parcela aqui, outra ali. Tenho um desejo muito grande de firmar um debate amplo, democrático e verdadeiro sobre a Capital. Coloco meu nome à disposição e o nosso partido vai fazer essa discussão”, revelou Diego Guimarães, à ocasião.
No entanto, Maysa foi enfática ao dizer que a sigla não tem capilaridade política para vencer o pleito e precisará caminhar com um dos pré-candidatos já postos e que se alinhem com as bandeiras levantadas pelo Republicanos. “O nosso desejo é chegar ao Alencastro e mais do que isso é não permitir que um sucessor do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) chegue ao Alencastro e não permitir que alguém que não nos represente chegue porque tivemos uma gestão de oito anos de destruição e a gente precisa reconstruir Cuiabá e hoje o Republicanos não tem capilaridade para vencer o pleito, então a gente vai para ganhar ao lado de quem for alinhado aos nossos propósitos”, esclareceu a vereadora.
A legisladora afirmou que dos seis nomes que se apresentam atualmente, a tendência é caminhar ao lado do presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (UB) e o correligionário, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia. Além deles, o deputado federal Abílio Brunini (PL), o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) e a ex-deputada federal professora Rosa Neide (PT), que comanda a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), postulam ao pleito de 2024. “O caminho mais próximo está entre Fábio Garcia e Botelho, essa é a verdade. Nem eles sabem, nem o União Brasil tem essa resposta, então eu digo que o martelo será batido em 2024”, disse.
Ainda, de acordo com Maysa, uma suposta proximidade que Botelho teria com o prefeito Emanuel Pinheiro seria uma barreira e garantiu que não caminhará ao lado do Chefe do Legislativo estadual caso ele tenha o apoio do gestor. “Isso para nós é uma barreira. Isso é quebrar uma ponte, não existe no palanque do Republicanos Emanuel Pinheiro ou a continuidade do Pinheirismo”, asseverou.
CRÍTICAS A ABÍLIO
Novamente, Maysa Leão criticou a postura adotada pelo bolsonarista na Câmara Federal. Segundo ela, a sigla não caminhará ao lado de Brunini devido ao seu “comportamento infantil”. “O Republicanos é um partido conservador e de direita, mas respeita a pluralidade e a democracia. Hoje a gente vê o deputado Abílio envolvido em polêmica com mulheres, de gênero, de não aceitar o outro. Ele deveria estar gastando o tempo dele como um parlamentar que representa Mato Grosso com pautas sérias. Como é que ele vai ser um gestor do Executivo que vai ter que lidar com imprensa, secretariado, vai ter que negociar com calma e responsabilidade, com esse comportamento totalmente infantil? Isso não representa o posicionamento do Republicanos e por isso não dá para caminhar com ele”, reprovou Maysa Leão.
César
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