Alvo da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (29), o vereador Chico 2000 (PL) revelou à imprensa, na porta da Câmara Municipal de Cuiabá, que pode estar de saída do Partido Liberal. Ele garantiu já ter o aval da sigla e quando achar necessário pode dar “adeus” aos bolsonaristas.
A ação também teve como alvo o vereador Sargento Joelson (PSB), que também já tem uma carta de liberação para deixar seu partido, e investiga um esquema de corrupção envolvendo suposta propina paga em troca de benefícios legislativos. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no prédio do Legislativo, incluindo os gabinetes dos parlamentares.
Os policiais recolheram registros de controle de acesso ao prédio e imagens de câmeras de segurança referentes ao período de agosto de 2023 a agosto de 2024, ainda durante o período em que Chico era presidente da Casa de Leis. Ele deixou o cargo em 31 de dezembro do ano passado.
À época, ele ainda pensava em formar uma chapa de oposição contra a formada pela novata Paula Calil (PL), mas não conseguiu angariar apoio suficiente. Questionado se teria vontade de deixar a sigla, o liberal foi enfático. “Eu estou autorizado pelo PL a sair, no momento que eu quiser, e se for necessário, no momento que eu entender que é necessário, eu saio”, afirmou.
A “rusga” com correligionários teve início ainda em 2023, quando Chico, detentor de cinco mandatos como vereador, revelou ter o desejo de se tornar prefeito de Cuiabá. Em entrevista ao FOLHAMAX, na época o então presidente da Casa de Leis criticou a postura de correligionários como o senador Wellington Fagundes e o presidente nacional da sigla, e Valdemar da Costa Neto.
“Eu respeito todos os dois, mas acho que o Valdemar precisa cuidar do estado onde ele mora e não de Cuiabá, porque ele nunca nem veio aqui. E o senador Wellington tem o meu respeito, minha amizade e meu apoio, mas acho que ele foi extremamente infeliz quando deu algumas declarações. Eles rasgaram a legislação que estabelece as formas de convenção, de escolha do candidato do partido, não se pode fazer isso”, disparou.
A postura não foi vista com bons olhos pelos bolsonaristas, que já tinha anunciado apoio irrestrito a Abilio Brunini (PL), na época deputado federal. Agora, afastado das funções legislativas, Chico 2000 afirmou que o foco será reverter seu afastamento no Tribunal de Justiça. “Falar é só abrir a boca e falar, tem que provar. Tem câmera, quem entra e sai está registrado aqui. O que não pode é jogar o nome da gente ao vento”, declarou.
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