Durante viagem a Poconé e Nossa Senhora do Livramento, neste sábado (26), o candidato a vice-governador da coligação “Viva Mato Grosso”, o médico Aray Fonseca (PSD), recebeu cobranças sobre a situação da saúde nos municípios que carecem de apoio do governo do Estado. Em visita ao Hospital Geral de Poconé, o candidato constatou a dificuldade financeira enfrentada pela unidade.
O diretor do hospital, o médico Rogério Barros de Siqueira, afirmou que pelo fato de a cidade não fazer parte de um consórcio intermunicipal de saúde, a unidade depende quase exclusivamente de recursos estaduais – que atrasam com frequência.
“Os municípios que têm mais força política conseguem mais recursos, enquanto nós ficamos esquecidos. Dependemos 90% de recursos estaduais, mas os constantes atrasos prejudicam o nosso trabalho. Temos equipamento de raio-x, mas faltam aparelhos de tomografia e mamografia”, disse o diretor.
A vereadora Ornella Proença Falcão (PSD) reforçou as dificuldades que Poconé enfrenta no setor. “Nossa saúde está na UTI. Não temos médicos nos postos, não temos medicamentos e, até outro dia, não tínhamos repasse do Estado”, disse.
Em Livramento não existe hospital – apenas três postos de saúde e um pronto-atendimento. A dificuldade de custear a unidade de emergência levou o prefeito Nezinho (PP) a cogitar fechar o pronto-atendimento, de modo a poder investir mais na atenção básica.
“O governo do Estado mandou apenas R$ 8 mil para nós este ano. Ou seja, não contamos com ajuda do governo para a saúde de Livramento. Eu espero que o próximo governador nos ajude a reforçar a atenção básica, e trazer mais especialidades para os postos de saúde, para que os nossos cidadãos não precisem ir toda hora para Cuiabá”, disse o prefeito.