O deputado Toninho de Souza, iniciou na manhã desta terça-feira, 12 de abril, o trabalho de fiscalização nas unidades de saúde de Cuiabá. O parlamentar recebeu diversas mensagens da população que denunciaram a falta de médico em UPA's, policlínicas e postos de saúde em alguns bairros da capital. 

No trabalho in loco, o Deputado constatou a existência de poucos profissionais de plantão e pacientes voltando pra casa sem o atendimento. Foi o caso da UPA Morada do Ouro, onde havia apenas 3 médicos de plantão e priorizando apenas os casos de urgência. "Meu marido caiu no banheiro e está todo arrebentado e foi liberado pelo médico para voltar pra casa sem nenhum tipo de exame. É uma irresponsabilidade muito grande com a população que depende da saúde pública" relatou uma das pacientes ouvida pelo parlamentar.

Outro quadro preocupante foi encontrado na Policlínica do Planalto. "No feriado da próxima sexta-feira, não tem nenhum médico na escala de plantão. O médico vai feriar e a população está proibida de ficar doente? Questionou Toninho.

Reclamações foi o que o Deputado mais ouviu na UPA Morada do Ouro, principalmente sobre a demora e o mal atendimento. "A saúde está um caos mas não pode continuar assim porque pagamos nossos impostos em dia e temos o direito do retorno desse dinheiro em benefício" disse Antônio Carlos, um dos pacientes que havia sido dispensado pela equipe médica sem receber o tratamento.

Para tentar resolver essa situação, Toninho de Souza foi atrás de respostas e descobriu que atualmente há um défice de 238 médicos que foram demitidos por ordem judicial. No entanto, 233 foram convocados, 73 se apresentaram, mas apenas 34 profissionais estão trabalhando atualmente. De acordo com a prefeitura de Cuiabá, será realizado um novo processo seletivo com o objetivo de contratar mais médicos para atender a demanda de pacientes que buscam as unidades de saúde diariamente.

Por fim, o parlamentar ressaltou que vai acompanhar o processo seletivo e cobrar a rapidez da Prefeitura para que a população seja amparada o mais rápido possível. “A nossa função nesse momento é acompanhar e cobrar porque o povo não pode ficar sem médico e sem medicamento, isso não pode acontecer, saúde é prioridade e precisa ser tratada na prática”, disse.