Sexta-Feira, 16 de Maio de 2025, 10h39
Câncer de testículo mata mais jovens; médico aponta vergonha como grande problema
Da Redação
Um dado alarmante chama a atenção para uma realidade muitas vezes ignorada: os jovens são as principais vítimas fatais do câncer de testículo no Brasil. De acordo com último levantamento do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Ministério da Saúde, entre 2014 e 2023, o país registrou 4.057 mortes causadas pela doença. Desses óbitos, mais da metade — cerca de 60% — ocorreram entre homens com idades entre 20 e 39 anos.
A divisão mostra que, nesse período, 1.327 mortes aconteceram na faixa etária de 20 a 29 anos e outras 1.117 entre 30 e 39 anos. Embora também tenha atingido outros grupos, o dado reforça que o público mais afetado por esse tipo de câncer é formado por adultos jovens. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revela que, de 2015 a 2024, foram realizadas 47,9 mil cirurgias em decorrência da doença, evidenciando um alto número de diagnósticos
Especialistas da medicina afirmam que as taxas de cura do câncer de testículo chegam a 90% quando identificado ainda no início. A SBU aponta que entre os principais sinais de alerta estão o aparecimento de caroços ou inchaços em um dos testículos, alterações na textura da região, desconforto na parte inferior do abdômen ou nas costas, além de sintomas menos específicos, como fraqueza, tosse ou falta de ar.
O médico oncologista e hematologista André Crepaldi, que atua em Cuiabá na clínica OncoLog, destaca que qualquer sinal diferente deve motivar o homem a buscar auxílio profissional. “É uma doença altamente curável, desde que seja feito um tratamento adequado. Por isso, a detecção precoce é fundamental. O problema é que muitos homens têm vergonha de procurar um médico e negligenciam sintomas”, explica.
O tratamento do câncer de testículo varia de acordo com o estágio da doença, podendo incluir cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. A cirurgia mais comum é a orquiectomia parcial – quando se remove parte do testículo – ou orquiectomia total – quando o órgão é retirado por completo. “A medicina evoluiu muito. Com o acompanhamento médico correto, os homens conseguem manter a qualidade de vida mesmo após o tratamento”, reforça o especialista.
André Crepaldi reforça que, para que a luta contra o câncer de testículo tenha cada vez mais sucesso, é essencial quebrar tabus e incentivar os homens, especialmente os jovens, a cuidarem de sua saúde sem receio. “Os diagnósticos e tratamentos estão cada vez mais acessíveis, mas a falta de informação e até o preconceito ainda atrapalham muito. É preciso naturalizar o cuidado com a saúde masculina”, finaliza.
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