Quinta-Feira, 07 de Agosto de 2025, 14h04
MONSTRO
Delegado cita frieza de réu ao detalhar mortes como se estivesse em "pescaria"
FRED MORAES
GAZETA DIGITAL
Frieza e sem sinais de arrependimento, assim o delegado de Polícia Civil, Bruno França, definiu o interrogatório de Gilberto Rodrigues dos Anjos, logo após a descoberta do assassinato de 4 mulheres, em Sorriso. A revelação consta em depoimento do delegado, durante júri popular realizado nesta quinta-feira (7), no Fórum da Comarca de Sorriso. Segundo o delegado responsável pela apuração da chacina, no interrogatório feito com o réu, ainda em novembro de 2023, Gilberto dos Anjos contou detalhes do crime com serenidade, assim como se estivesse relatando uma "pescaria". Comportamento classificado como de uma “tranquilidade assustadora”.
Convocado pelo júri às 10h06, o delegado de Polícia Civil foi questionado sobre como chegou a informação do crime e quais providências tomadas de imediato, diante de tamanha brutalidade. O policial contou que a delegacia recebeu ligações do Corpo de Bombeiros, informando que corpos de mulheres tinham sido encontrados.
De início, a Polícia Civil acreditava que os corpos seriam de pessoas ligadas ao crime de tráfico de drogas. Mas, o bombeiro reforçou que eram vítimas em uma residência, então o delegado entendeu que não teria ligação com o tráfico. Ele relatou o choque ao chegar ao local.
O delegado relatou que a investigação começou com a análise de provas na cena do crime, incluindo marcas de chinelo. Ele foi abordado por um jornalista, que o colocou em contato com uma pessoa. Essa pessoa, que tinha o marido trabalhando na obra ao lado da casa das vítimas, informou que todos os pedreiros correram para ver os corpos, exceto um, que usava uma camiseta amarela. A falta de curiosidade do trabalhador levantou desconfiança na testemunha.
Ao chegar à obra e encontrar Gilberto, com a roupa descrita, o delegado notou que suas respostas eram confusas. A desconfiança aumentou quando o suspeito, que apresentou uma cópia do documento em vez do original, negou ter um chinelo. Após insistência, Gilberto cedeu e entregou o calçado que, segundo a perícia, era idêntico às marcas encontradas no local.
Durante o interrogatório, Gilberto confessou os crimes com uma "tranquilidade assustadora", como se estivesse contando algo trivial. O delegado destacou que a única tristeza aparente do réu era ter sido preso. Segundo o depoimento, o réu revelou que monitorou a rotina das vítimas por dias, aguardando o momento certo para agir. Ele utilizou um andaime e uma tábua para invadir a casa pela parte de trás, onde não havia cachorros.
O delegado também relatou que a perícia confirmou a ocorrência de conjunção carnal com 3 das 4 vítimas. A menina de 10 anos, embora não tenha sofrido conjunção carnal, foi abusada e assassinada após o choro ter chamado a atenção do réu, que agiu para não ser descoberto. Após os atos, Gilberto dos Anjos ainda se lavou e tentou esconder os vestígios no local do crime.
Na sacola de pertences do assassino, foi encontrada uma calcinha limpa, interpretada como uma "lembrança" dos crimes. Quando perguntado sobre o motivo, o réu disse que "estava drogado". Devido ao risco de linchamento pela população, ele foi retirado do local sem algemas e escoltado até a viatura.
O delegado soube que o suspeito tinha um histórico de crimes, o que o fez ser classificado como um "criminoso em série".
Bruno França concluiu seu depoimento afirmando que, devido à brutalidade do crime, "essa cidade nunca mais vai ser a mesma" e que "ninguém daquela casa vai ser a mesma pessoa".
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