Cidades

Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025, 11h35

MANÍACA DA UFMT

Desembargador cita crueldade e mantém prisão de assassina de gatos

Foi destacado que ela demonstra ser perigosa e tem processos por ameaças

ALEXANDRA LOPES

Da Redação

 

Larissa Karolina Silva Moreira, de 28 anos, mulher trans conhecida como "serial killer de gatos" em Cuiabá, teve a prisão mantida pelo desembargador Lídio Modesto da Silva Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), nesta segunda-feira (16). Larissa, que é estudante de Química na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), teve sua prisão mantida pela juíza Silvana Ferrer Arruda durante a audiência de custódia no final de semana. A juíza afirmou que, embora seja considerada primária, ela demonstra ser extremamente perigosa e possui processos relacionados a ameaças. 

Após a prisão ter sido mantida em audiência, a Defensoria Pública ingressou com habeas corpus solicitando a revogação da detenção de Larissa.  Foi argumentada a inexistência de flagrante, uma vez que os fatos ocorreram antes da prisão, além da ausência de elementos concretos que justifiquem a prisão preventiva, considerando a primariedade de Larissa e o fato de não haver risco à ordem pública. Também foi solicitada a possibilidade de substituição da prisão por medidas cautelares.

Ao analisar o pedido, o desembargador plantonista Lídio Modesto destacou que o namorado de Larissa afirmou em depoimento que ele adotava os animais e os levava para casa dela por medo da companheira. Ele também relatou ter sido agredido por ela com um secador de cabelo. O namorado de Larissa adotou quatro gatos desde o início do ano. Dois deles foram adquiridos por meio do Facebook e OLX, e posteriormente ela mesma passou a adotá-los.

Segundo o desembargador, a prisão em flagrante, conforme o artigo 302 do Código de Processo Penal, ocorre quando a pessoa é detida logo após cometer o crime, com instrumentos ou objetos que indiquem sua autoria. A jurisprudência também aceita o procedimento de flagrância imprópria ou presumida, quando a pessoa é presa após o crime, mas ainda há evidências ou conexão com a objeto de investigação.

Para Modesto, no caso da universitária, as provas coletadas logo após a denúncia — incluindo declarações do parceiro e vestígios encontrados — são suficientes, ao menos para uma análise inicial, para justificar a prisão em flagrante de maneira legal. Assim, não há erro ou ilegalidade evidente no procedimento que possa invalidá-lo.

Segundo o desembargador, a conduta supostamente praticada por Larissa — que teria adotado vários animais, muitos dos quais desapareceram ou morreram, demonstrando crueldade e frieza, conforme testemunhas e até seu parceiro relataram — representa um risco sério à segurança pública e ao andamento do processo criminal. Ele também citou a suspeita de que ela tenha descartado os corpos dos animais em locais isolados, além de não ter dado explicações convincentes ou compartilhado informações sobre os fatos.

"A ausência de explicações satisfatórias e à omissão deliberada de informações por parte da custodiada, agravam o cenário fático e legitimam a manutenção da segregação cautelar.Outrossim, a alegação de que a decisão judicial teria se apoiado em fundamentação genérica não encontra qualquer amparo na realidade dos autos. A Magistrada a quo indicou, com clareza e precisão, os fundamentos jurídicos e fáticos que a conduziram à convicção pela necessidade da prisão preventiva, apontando, inclusive, com base nos depoimentos colhidos, os riscos à ordem pública, à instrução processual e à aplicação da lei penal, tal como exige o art. 315, §2º, inciso II, do CPP", escreveu o magistrado em trecho da decisão. 

PRISÃO

As investigações começaram após uma denúncia de uma ONG de proteção animal de Cuiabá. A presidente de uma das ONG disse que o casal tinha adotado um gato, mas não dava notícias sobre o animal, e que havia recebido ameaças de Larissa. Ela também falou que há suspeitas de que eles estejam adotando gatos e depois desaparecendo com eles.

Na sexta-feira (13), policiais foram à casa da suspeita, no bairro Porto. Eles ouviram que um gato adotado havia sido morto e descartado num terreno perto da casa. No local, encontraram sangue, um filhote de cachorro que foi entregue à ONG, rações para gatos, mas nenhum gato. A suspeita foi presa, ficou calada na delegacia e será levada ao juiz. O gato morto foi localizado, assim como o namorado de Larissa, que também prestou depoimento e foi liberado.

Comentários (2)

  • joão campos |  16/06/2025 15:03:36

    Esse povo trans é tudo louco. Cuidado com essa gente

  • Do Primeiro Mundo  |  16/06/2025 12:12:45

    Sou totalmente contra o que "essa moça" fez....realmente um absurdo. Mas se ela tivesse matado um ser humano...roubado...ser uma traficante, já estaria em liberdade.

Confira também: Veja Todas