Terça-Feira, 25 de Fevereiro de 2025, 08h32
PRECARIEDADES
Fiscalização aponta que prisão em MT vira "castigo medieval"
Judiciário de MT não descarta levar as denúncias perante organismos internacionais
ALINE ALMEIDA
A Gazeta
Em Mato Grosso, não existe um sistema de execução penal, “mas sim um mecanismo de exclusão e degradação, onde a pena privativa de liberdade é transformada, na prática, em um castigo medieval, que nada tem a ver com o propósito de reinserção social”. O apontamento é do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF/ TJMT) após fiscalização em 31 presídios e cadeias do Estado.
As correições destacaram um quadro de extrema precariedade estrutural, sanitária e assistencial. Diante das constatações, o judiciário mato-grossense não descarta levar as denúncias perante organismos internacionais de proteção aos direitos humanos, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Problemas estruturais, superlotação e alimentação de má qualidade estão entre as deficiências constatadas durante as fiscalizações dos juízes.
Além disso, infiltrações, esgoto a céu aberto, mofo e falta de ventilação adequada foram relatados. Segundo o documento, o Brasil, como signatário de tratados internacionais, tem a obrigação de garantir que a pena privativa de liberdade não se converta em uma sentença de tortura e degradação humana, o que não está sendo observado dentro das unidades prisionais mato-grossenses.
Quase metade das unidades prisionais vistoriadas descreve os kits de higiene e limpeza entregues pelo governo do Estado como péssimos. Além da má qualidade dos produtos, a distribuição, na maioria dos casos, costuma ocorrer a cada três semanas. Apenas 18 presídios recebem papel higiênico e nas unidades femininas, relato é de absorventes que se dissolvem no uso, causando alergias e infecções.
PROBLEMA AGRAVADO
Como mencionado por todos os magistrados corregedores das unidades prisionais do Estado, o fechamento das cantinas internas não apenas “eliminou uma fonte de dignidade e subsistência, como agravou a precariedade dentro das unidades prisionais, trazendo fome, falta de higiene e de medicamentos, tornando aquilo que era ruim em algo miserável”.
Cita que assim como a água da chuva expõe o esgoto, a suspensão dos mercadinhos “trouxe à luz do sol o desrespeito àquilo que o ser humano tem de mais sagrado: a sua dignidade”. “Reconhecemos que o ideal seria a inexistência dos mercadinhos, se estivéssemos em um país cônscio de suas obrigações para com as pessoas privadas de liberdade, e que, de fato, priorizasse o ser humano”, reforça relatório.
walter liz | 25/02/2025 11:11:21
sei não, mas esta muito esquisita essa " defesa" de presidiarios, algo tem sido feito para as vitimas desses presidiarios ?
Wilson Rosa | 25/02/2025 10:10:33
Quero fazer um questionamento, alguém dos direitos humanos já teve a vida devastada por um assassino ou estuprador como foi o caso da famÃlia que foi assassinada em Sorriso em 24 de novembro de 2023? acredito que não. A minha opinião é que cadeia não é colônia de férias e o melhor exemplo disso é EL SALVADOR, que esta mostrando ao mundo como deve ser tratado as pessoas que não sabe viver em sociedade, aqui no Brasil os polÃticos relutam em atualizar as leis penais por que sabem que mais cedo ou mais tarde vão acabar lá dentro. Uma coisa eu concordo com o Governador os estados devem ter autonomia sobre sua jurisdição carcerária e poderia ter o direito de legislar sobre o tema.
MILTON | 25/02/2025 09:09:05
Sinceramente todos gestores de órgãos de regulação dos direitos humanos devem ser capacitados e conscientizados do seu papel, principalmente, de fortalecer verdadeiramente os diretos humanos para toda a sociedade e, que, se quer houvesse necessidade de implantação/criação de casas de degradação do ser humano. Como?, é impossÃvel??. Não absolutamente não e não. O temos e o que podemos fazer, apenas o dever de casa, sensibilizar todos os atores(todos) da nossa sociedade, desde a mais tenra idade, em nÃveis de desde a primeira infância tenhamos condições psÃquicas e sociais de capacitar todos os agentes e todos os entes, do que verdadeiramente é direitos humanos e se formar batalhões de proclamadores dos direitos humanos e etc.
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