Cidades

Domingo, 20 de Abril de 2025, 08h00

OPERAÇÃO MANTUS

Juiz mantém condenação de “gerente” de jogo do bicho em MT

Suspeita foi condenada a 4 anos e 8 meses de prisão

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, manteve as condenações da “gerente financeira” de um bando que atuava no “Jogo do Bicho” em Mato Grosso, Indineia Moraes Silva, que pegou 4 anos e 8 meses de prisão. Ela é um dos alvos da operação “Mantus”, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil (PJC) no ano de 2019.

Em decisão publicada nesta sexta-feira (28), o magistrado também manteve a pena de Rosalvo Ramos de Oliveira, condenado a 4 anos e 8 meses por fazer parte do “time” que recolhia o dinheiro do “Jogo do Bicho”. 

Nos autos, Indineia, conhecida como “Jones”, e Rosalvo, ingressaram com recursos argumentando que não foram intimados da sentença, publicada em 14 de fevereiro de 2025. O juiz lembrou, entretanto, que não há necessidade de intimação pessoal da condenação quando os réus se encontram soltos, bastando a ciência de seus advogados.

“A intimação pessoal do réu é obrigatória quando este se encontra preso, sendo desnecessária caso esteja solto, bastando, para a regularidade do ato, a intimação de sua defesa técnica”, explicou o magistrado.

Na mesma decisão, Jean Garcia de Freitas Bezerra também desbloqueou a conta de Eduardo Coutinho Gomes - irmão do “comendador” Frederico Muller Coutinho, dono da FMC/Ello, um dos principais alvos da operação “Mantus”. Eduardo foi absolvido na sentença.

O juiz determinou, ainda, a restituição de R$ 650,00 apreendidos de Marcelo Conceição Pereira, também absolvido. Frederico Muller Coutinho, o “Dom”, foi condenado a 9 anos e 2 meses de prisão. Ele chegou a ser preso na operação Mantus em 2019. Além dele, o “comendador” João Arcanjo Ribeiro e outras 17 pessoas foram para a cadeia em Cuiabá.

De acordo com as investigações, duas organizações criminosas – que utilizavam, inclusive, práticas de sequestro e tortura contra seus adversários -, atuavam no Jogo do Bicho em Mato Grosso. Uma delas era liderada por João Arcanjo Ribeiro. A outra tinha como líder o empresário, e também “comendador”, Frederico Muller Coutinho.

A PJC também informou que apenas no período de 1 ano as duas organizações movimentaram em contas bancárias cerca de R$ 20 milhões – excluindo os valores que circularam em dinheiro vivo.

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