Cidades

Domingo, 11 de Maio de 2025, 10h15

GÊNESIS

Juíza mantém prisão de mulher condenada por golpes em MT

A criminosa foi sentenciada a 11 anos de prisão

LEONARDO HEITOR

Da Redação

 

A juíza Alethea Assunção Santos, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão de Vitória Gomes de Jesus, condenada a 11 anos de prisão, por fazer parte de uma organização criminosa investigada na Operação Gênesis, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil em março de 2023. Na ocasião, foram cumpridos 97 mandados de prisão de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger e Cáceres, contra uma organização criminosa responsável por aplicar golpes virtuais que resultaram em prejuízos para as vítimas de mais de R$ 1 milhão.

Em julho de 2022, a polícia realizou buscas, onde diversos aparelhos eletrônicos foram apreendidos. Os conteúdos foram analisados pelo Núcleo de Inteligência da delegacia e resultaram em material que deu base à "Operação Gênesis". Durante o inquérito, foi constatada a ocorrência de outros delitos de estelionato que fizeram vítimas em vários estados.

Entre elas, os policiais identificaram 19 vítimas que tiveram cerca de R$ 1 milhão roubado. O inquérito, que originou a operação, foi instaurado após a informação de que um dos investigados, que mora no Bairro Despraiado, em Cuiabá, aplicava diversos golpes na modalidade fraude eletrônica.

Para executar o crime, o suspeito recrutava pessoas que abriam contas bancárias e, depois, ele passava a administrá-las, instalando aplicativos de bancos no próprio telefone. O dinheiro dos golpes era depositado nessas contas e, na sequência, era sacado ou transferido pelo próprio golpista ou por comparsas. Na ação, foram absolvidas Emilli Jesus Borges, Andrielly Valeria do Monte, Thawana Cacia do Nascimento de Souza e Marielly Larissa Rodrigues de Miranda.

Foram condenados Edson Duarte da Silva, o “Jaú”, Victor Hugo Silva Batista Motta, o “Realizando Sonhos”, Ademilton Marcelo Moraes de Sá, o “Gurizinho da Habana”, Maione Moreira da Silva, o “L.W.S”, Ariem Dayane Leme Jardim, a “Day”, Luan George Bom Despacho Miranda, o “L.M.”, além de Teresa Raquel de Oliveira Viturino, Bruno Daniel Soares da Silva, Brenno de Arruda Lelis Pineo, Vitória Gomes de Jesus, Kamylle Borba de Figueiredo, Natalia Aparecida de Oliveira e Silva e Gabrielly Vitória da Silva Oliveira.

Teresa Raquel de Oliveira Viturino, Edson Duarte da Silva, Vitória Gomes de Jesus, Brenno de Arruda Lelis Pineo, Bruno Daniel Soares da Silva, Luan George Bom Despacho Miranda, Ariem Dayane Leme Jardim, Gabrielly Vitória da Silva Oliveira, Ademilton Marcelo Moraes de Sá, Natalia Aparecida de Oliveira e Silva e Kamylle Borba de Figueiredo foram condenados a 11 anos de reclusão, enquanto Victor Hugo Silva Batista Motta pegou 11 anos e 8 meses e Maione Moreira da Silva a 11 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão.

Por conta da condenação, foi pedida a detenção de Vitória Gomes. Após ser presa, a defesa pediu a liberdade provisória dela, com a aplicação de medidas cautelares, mas o Ministério Público de Mato Grosso se manifestou de forma contrária, alegando que, na sentença, foi expressamente negado à mulher o direito de apelar em liberdade, sendo citado ainda que a suspeita não possui dependentes e não apresenta condições de saúde que justifiquem a substituição da prisão, entendimento que foi acatado pela magistrada.

“Com relação ao pedido formulado pela defesa, indefiro a revogação da prisão preventiva, considerando que a segregação cautelar da custodiada foi mantida durante toda a instrução criminal, sem que tenha havido alteração fática ou jurídica que justifique sua revogação neste momento. Ademais, diante da prolação de sentença penal condenatória, com a fixação de pena de 11 anos de reclusão, a ser cumprida em regime fechado, mostra-se adequada a manutenção da custódia cautelar. Dessa forma, indefiro o pedido de revogação da prisão preventiva formulado pela defesa”, diz a decisão.

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