Cidades

Quarta-Feira, 26 de Fevereiro de 2025, 12h30

FLOR DO VALE

Juíza nega liberdade a empresário condenado por morte de advogado

Pedido para incluir no cadastro de remição de pena foi aceito

LEONARDO HEITOR

Da Redação

 

A juíza Cristhiane Trombini Puia Baggio, da Quarta Vara Criminal de Rondonópolis, negou um pedido de liberdade condicional feito pela defesa do empresário e contador João Fernandes Zuffo, condenado a 62 anos pela morte do advogado João Anaides Neto, em 2021. Na decisão, no entanto, a magistrada acatou a solicitação para inserir o nome do detento no cadastro de remições de pena.

João Fernandes Zuffo foi preso e denunciado sob acusação de chefiar um grupo que cometia diversos crimes na região de Juscimeira. Ele foi alvo da Operação Flor do Vale, referente à investigação sobre o assassinato do advogado João Anaides Neto, vítima de um latrocínio em uma propriedade localizada no condomínio de chácaras Flor do Vale.

O empresário foi condenado em 2023, pela Sétima Vara Criminal de Cuiabá, a 62 anos, 3 meses e 5 dias de prisão pelo latrocínio. À ocasião, também foram sentenciados os réus Ronair Pereira da Silva, com uma pena de 48 anos e 8 meses de prisão, e Lucas Matheus da Silva Barreto, que cumprirá 38 anos.

De acordo com a decisão, João Fernandes Zuffo teve o nome inserido no cadastro para remições de pena, mas não foi informado quanto tempo ele trabalhou e qual montante da sentença foi reduzido com o benefício No entanto, a magistrada destacou que o empresário não atingiu o total necessário para conseguir liberdade condicional.

“Conforme se verifica, neste momento, o sentenciado não preenche os requisitos para a concessão do livramento condicional. Neste contexto, saliento que a deliberação de livramento condicional somente irá ocorrer em caso de requerimento da Defesa, caso contrário, deverá ser lançado o incidente de não concessão”, diz a decisão.

Entenda o caso

João Fernandes Zuffo foi apontado pela Polícia Civil como o chefe de uma organização criminosa composta por ladrões que vinham "tocando o terror" em várias propriedades na região Sul de Mato Grosso, a exemplo de Juscimeira e Rondonópolis (212 km de Cuiabá), cidade onde morava a vítima e também residência do empresário.

Após o crime, praticado na madrugada do dia 17 de julho de 2021, ele ficou foragido por três meses até ser preso pela Polícia Civil em 9 de dezembro do ano passado. O advogado João Anaídes Cabral foi morto com um tiro na cabeça. Outras seis pessoas também foram indiciadas sob acusação de terem participado do latrocínio.

A ação penal relativa ao caso tramitou na Sétima Vara Criminal de Cuiabá e diz respeito aos crimes de roubo majorado (concurso de pessoas, roubo de veículo e com resultado morte), corrupção de menores e organização criminosa.

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