Terça-Feira, 16 de Julho de 2024, 16h20
TERRA INDÍGENA
Justiça manda PF expulsar fazendeiros de área de 243 mil hectares em MT
Policiais poderão destruir maquinários, cercas e casas
Da Redação
Atendendo a pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal determinou a reintegração de posse da Terra Indígena Piripkura, localizada nos municípios de Colniza e Rondolândia, no estado de Mato Grosso. Os ocupantes ilegais da área de 243 mil hectares devem retirar seus bens da área em até 60 dias, com a retirada do gado das propriedades, além da proibição para realizar novos desmatamentos, sob pena de multa diária.
Ainda de acordo com a decisão, no caso de descumprimento, os fiscais ambientais devem intervir utilizando-se, inclusive, de ações de destruição ou inutilização de produtos, subprodutos e instrumentos que estejam na terra indígena, sem necessidade de autorização de autoridade administrativa hierarquicamente superior. A Justiça autorizou, ainda, a requisição de força policial para a destruição das cercas, porteiras, casas e maquinário de processamento de madeira que forem encontradas nos limites restritos.
Além disso, caso os prazos não sejam cumpridos, os ocupantes ilegais podem ter as carteiras de motorista e os passaportes suspensos, além do congelamento dos respectivos cartões de crédito. Na ação civil pública de reintegração de posse, o MPF destaca que a degradação ambiental praticada pelos ocupantes ilegais ocorre, pelo menos desde 2008, quando alguns dos acusados foram autuados por desmatamento ilegal e outros delitos ambientais, como caça de animais silvestres.
Segundo a ação, a partir de 2015, as invasões ao território e os atos de degradação ambiental tornaram-se intermitentes. O MPF aponta ainda que última e atual violação à posse dos indígenas teve início no ano de 2019 e foi agravada pela diminuição das ações de fiscalização ao longo de 2020, em razão da pandemia de covid-19.
A Terra Indígena Piripkura é habitada por um grupo de indígenas em isolamento voluntário e localiza-se na região entre os Rios Branco e Madeirinha, afluentes do Rio Roosevelt. Apesar do vasto material que comprova a territorialidade indígena da área, o MPF destaca que o processo de demarcação não avança.
No entanto, enquanto o processo de demarcação não é concluído, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) tem editado sucessivas Portarias de Restrição de Uso, baseadas no Decreto nº 1.775/96, com o objetivo de proteger os indígenas em isolamento voluntário. A partir da Portaria de Restrição de Uso nº 1.154, a Fundação interditou 242.500 hectares entre os municípios de Rondolândia e Colniza, no noroeste do Estado de Mato Grosso.
Alenio cunha | 17/07/2024 07:07:56
Tudo culpa destes governos petralhas, indio nao planta nada, não produz , deveria dar terras improprias para lavoura e criação de gado, cuidar deles e reflorestar as áreas. O Brasil e o mundo precisa produzir, ou então mata todo mundo, não permitir grandes fazendas.
Ribeiro | 17/07/2024 06:06:33
Não existe "fazendeiro", só invasores na piripkura. Já vem tarde demais essa decisão, nem deveria precisar disso para expulsar quem não deveria estar ali. E para os ignorantes que falam "muita terra pra pouco Ãndio", quantas vezes vai ser necessário dizer que o que vale é a floresta? Mesmo se não houvesse nenhum Ãndio, que virasse parque. Mato Grosso já desmatou mais amazônia do que poderia, com muitas fazendas descumprindo o código florestal. No norte do estado é necessária expulsão de todos que estão grilando terras e desmatando, mesmo fora de terras indÃgenas e parques.
Elias | 16/07/2024 19:07:55
Matéria com informação no mÃnimo tendenciosa, pois, deveria falar que o ?grupo? de indÃgenas que habita a área é de 3, isso mesmo, 3 Ãndios, Rita, seu irmão Baita, e um sobrinho Tamanduá, ou seja, tem mais de 80 mil hectares para cada Ãndio, os quais pela idade avançada da ?Rita? estão fadados a terminar? O MPF e a Funai deveriam se unir aos fazendeiros para cuidarem dos Ãndios até o fim da existência deles?
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