Domingo, 08 de Dezembro de 2019, 08h31
TRANSPORTE INTERMUNICIPAL
Justiça mantém contratos emergenciais de empresas de ônibus em MT
Sindicato tenta inviabilizar contratos firmados por meio de credenciamento, realizado em março deste ano
DIEGO FREDERICI
Da Redação
O juiz da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular, Bruno D’Oliveira Marques, negou um recurso do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros do Estado de Mato Grosso (Setromat) e manteve os contratos emergenciais de empresas que operam no transporte público intermunicipal de passageiros. A decisão é do último dia 2 de dezembro.
De acordo com informações do processo, a decisão do juiz ocorre no âmbito de uma ação movida pelo Setromat que tenta inviabilizar os contratos – disponibilizados pelo Governo do Estado em março de 2019 por meio do credenciamento de empresas interessadas no negócio. O ato é parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público do Estado (MP-MT), até que a outorga, aberta no último mês de novembro para as empresas de ônibus, seja concluída como forma de regulamentar definitivamente o setor.
Na ação que tenta derrubar os contratos emergenciais, dentre as empresas representadas, estão as viações Eldorado, Rápido Chapadense, Juína, Orion e Sol Nascente. Segunda elas, a “eventual instauração de nova licitação ou de dispensa de licitação com mesmo objeto em relação ao objeto da licitação judicialmente suspensa, poderá caracterizar inobservância ao princípio da moralidade e da economicidade”.
Em decisão do dia 13 de novembro – objeto do recurso do Setromat, negada pelo juiz Bruno D’Oliveira Marques no último dia 2 -, o magistrado avaliou, porém, que o sindicato foi "disperso" e "confuso" em suas argumentações. “No que se refere aos demais argumentos utilizados pela parte autora para amparar os pedidos de anulação, além de dispersos e confusos, também não amparam a probabilidade do direito alegado”, ponderou o magistrado.
OPERAÇÃO ROTA FINAL
O transporte intermunicipal de passageiros no Estado atrai interesses de pessoas e organizações poderosas no Estado frente às receitas que as empresas de ônibus poderão acumular ao longo de 20 anos – tempo de duração da outorga, proposta pelo Governo de Mato Grosso -, que pode ultrapassar R$ 11,25 bilhões.
A operação “Rota Final” tem como alvo o edital que prevê as outorgas do transporte público intermunicipal de passageiros e foi deflagrada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz-MT) no dia 25 de abril de 2018.
As investigações relatam que empresários do ramo do transporte, deputados estaduais e “funcionários públicos” da Sinfra-MT e da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager-MT), vinham “envidando esforços com o fim de desfazer licitação em andamento e providenciar outra, atendendo aos interesses próprios”.
A Defaz-MT aponta ainda “fortes indícios” da existência de uma “organização criminosa” que tinha o interesse de manter a precariedade do serviço atual de transporte público intermunicipal - que opera sem licitação -, com o propósito da “manutenção do total controle na execução de contratos precários de concessão do serviço público do transporte intermunicipal de passageiros”.
O edital investigado na operação “Rota Final” é divido em dois lotes, cada um com “8 mercados”, que representam todas as regiões de Mato Grosso. No total, os contratos somariam R$ 11,25 bilhões. Ao final dos vinte anos de concessão, e de acordo com audiências públicas realizadas em 2012, as receitas totais das empresas de todo o sistema seriam da ordem de R$ 7,68 bilhões.
As investigações da suposta fraude apontam a participação dos deputados estaduais Dilmar Dal Bosco (DEM), Pedro Satélite (PSD), o ex-presidente da Ager, Eduardo Moura, além do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Mato Grosso (Setromat), Júlio César Sales Lima. O secretário da Sinfra-MT, Marcelo Duarte, também é citado no inquérito.
Foram presos na operação Júlio César Sales Lima, o empresário Éder Augusto Pinheiro, dono da Verde Transportes, e os diretores da empresa, Wagner Ávila do Nascimento e Max William de Barros Lima. Todos foram colocados em liberdade dois dias após a deflagração da Rota Final, em 27 de abril do ano passado, por decisão do desembargador Guiomar Teodoro Borges, o mesmo responsável por decretar as prisões temporárias.
Dinho | 08/12/2019 18:06:07
Tem que investigar dois secretários deste governo que são do grupo de Eder da verde e xavante! Estão querendo aprontar, MP tá de olhoooooo
SETROMAT | 08/12/2019 13:01:32
Esse Sindicato é uma piada. Acabou o tempo de comprar sentenças.
SETROMAT | 08/12/2019 13:01:24
Esse Sindicato é uma piada. Acabou o tempo de comprar sentenças.
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