O juiz Valter Fabricio Simioni da Silva, da 1ª Vara Criminal Sorriso, manteve as prisões preventivas do empresário Gabriel Tacca e do comerciante Danilo Guimarães durante audiência de custódia nesta quinta-feira (17). Eles foram alvos da Operação Inimigo Íntimo, da Polícia Civil, que investiga o assassinato do empresário Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, em março deste ano. 

Tacca é marido da médica ginecologista Sabrina Iara de Mello e teria descoberto um caso entre Ivan e ela. “Como se denota, a prisão foi efetuada legalmente e nos termos do art. 302, inciso I, do Código de Processo Penal. Comunique o Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Sorriso/MT e acerca da prisão, enviando-lhe os autos. Notifique-se o Ministério Público. Ciência à Defensoria Pública”, decidiu o juiz. 

Ivan foi atacado por golpes de faca na madrugada do dia 22 de março por Danilo na distribuidora de bebidas de Tacca, no bairro Residencial Village. Inicialmente, o crime foi tratado como "situação decorrente de uma briga em um bar”. Entretanto, no decorrer das investigações da Polícia Civil, foi descoberto que a vítima era amante da esposa do dono do comércio. 

Não só isso, Ivan era amigo pessoal do casal, com direito a “passe livre” na residência de Sabrina e Tacca. Inclusive, a médica chegou a publicar nas redes fotos ao lado do marido e do amante em uma das visitas dele.

A vítima era natural de Tapurah. A ginecologista também foi alvo da Polícia Civil. 

Ela foi interrogada, liberada e é investigada apenas por fraude processual. Inclusive, em depoimento ao delegado Bruno França, que conduz a investigação, confessou ter apagado conversas, fotos e vídeos do casal por temer que o caso extraconjugal visse à tona quando ele deu entrada no Hospital 13 de Maio. 

Agora, a PC investiga o que teria sido oferecido por parte de Gabriel Tacca a Danilo para se envolver na trama. Um vídeo gravado pela própria vítima momentos antes de ser esfaqueado pelas costas mostra os dois conversando. O algoz afirmava que a ‘Capital do Agronegócio’ é uma “Dubai e que, para matar alguém na cidade, bastava ter dinheiro”.