Quarta-Feira, 21 de Agosto de 2024, 18h42
GUERRA
Líder do CV pega 32 anos por executar faccionado talarico em MT
Morto também era do CV mas se relacionou com a ex-mulher de outro faccionado
Da Redação
O Tribunal do Júri da Comarca de Tapurah (388 km de Cuiabá) condenou o líder da facção Comando Vermelho no município, Robson Júnior Jardim dos Santos, vulgo “Sicredi” ou “Red”, a 32 anos, um mês e 25 dias de prisão por prática de homicídio qualificado contra o faccionado Billy Mateus Carvalho de Faria. Billy teve sua morte decretada pelo tribunal do crime por ter se relacionado com a ex-mulher de outro membro faccionado, um dos líderes da organização criminosa em Juara.
O Conselho de Sentença acolheu a tese defendida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso de que o crime foi cometido por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima. O réu deverá cumprir a pena em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade.
Consta na denúncia formulada pela Promotoria de Justiça de Tapurah que partiu de Robson Júnior a sentença de morte de Billy “por descumprir um dos regramentos impostos aos integrantes da organização criminosa, que de acordo com o estatuto da facção não é aceito que a mulher de um faccionado se relacione com outro da mesma facção”.
O assassinato foi resultado de uma armadilha montada pelos membros da facção criminosa de Tapurah, em apoio à ordem do gerente-geral do Comando Vermelho em Juara.
O crime foi praticado no dia 25 de maio de 2002. Por volta das 20h50, o corpo de Billy foi encontrado caído, com marcas de tiros, na rodovia estadual MT-338 (que liga o município de Tapurah até a rodovia BR-163), nas proximidades da boate Casa Branca. A vítima levou três tiros no rosto e um no tórax.
Investigações realizadas pela Polícia Civil levantaram que no dia do seu assassinato, Billy havia mantido conversas com Robson Júnior, apontado como gerente-geral da organização criminosa na região de Tapurah e Itanhangá. Robson Júnior Jardim dos Santos compartilhou com a vítima um contato salvo no seu telefone com o nome de “Disciplina Geral”. Então, Billy marcou um encontro com o “Disciplina Geral” para o que seria, em tese, repasse de drogas.
“Exsurge dos autos que a pessoa intitulada como “Disciplina Geral” marcou encontro com Billy com intuito de executá-lo, o qual usou o pretexto de que o denunciado Robson Júnior Jardim dos Santos havia autorizado a venda de drogas para vítima e, no local dos fatos, ao encontrar com Billy os executores atiraram diversas vezes contra ele”, diz um trecho da denúncia.
Inquérito aberto para apurar o caso constatou que no dia do crime, Billy Mateus Carvalho de Faria estava na companhia de um colega faccionado, ocasião em que testemunhou o crime. Foi esse colega que o levou de moto até os fundos da boate para buscar certa quantidade de droga para venda. Ao chegarem ao local, a vítima recebeu informação de que a droga não seria entregue naquele local, mas às margens da rodovia, ocasião em que dois homens, usando moleton de cor escura e capacete, abordaram a vítima e efetuaram os disparos.
A denúncia relata que a vítima e sua ex-companheira chegaram a Tapurah depois de deixarem Juara às pressas após sofrerem ameaças de morte feitas pelo gerente geral da organização criminosa em Juara.
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