Sexta-Feira, 24 de Fevereiro de 2023, 11h15
ERA BOLSONARO
Mais de 56 mil armas foram registradas por CACs em MT
PEDRO MATHIAS
G1
Entre 2019 e 2022, período do governo de Jair Bolsonaro (PL), mais de 56 mil armas foram registradas por colecionadores, atiradores esportivos e caçadores (CAC) em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, de acordo com dados do Exército. No último ano, houve uma disparada, com 33.079 novas armas cadastradas, o que representa uma média de 90,6 armas por dia e aumento de 1.010,4%, comparando com dados de 2019.
Na terça-feira (21), Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, que tem registro como CAC e se exibia nas redes sociais praticando tiro, matou sete pessoas com ajuda de Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, em um bar da cidade depois de perderem partidas de sinuca. Ele foi desligado do clube de tiro que frequentava em Sinop, a 504 km de Cuiabá, por ausência, segundo a Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT).
A região militar de MT e de MS, em 2022, conforme os dados disponibilizados por meio do Portal da Transparência, foi a quinta região com mais registros.
São Paulo: 98.772
Paraná e Santa Catarina: 86.282
Distrito Federal, Goiás, Tocantins e Triângulo Mineiro: 59.925
Rio Grande do Sul: 43.081
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: 33.079
Em MT e MS, a progressão, do último ano do governo Temer ao último ano de Bolsonaro, foi de:
2018: 1.826
2019: 2.979
2020: 4.775
2021: 15.185
2022: 33.079
No último ano de Jair Bolsonaro, que implementou a política de armas, flexibilizando o porte de armamentos, os dois estados da região Centro-Oeste abriram 38 clubes de tiro, que registraram 14 armas em seus acervos. Foram emitidos 22.011 certificados CAC.
Política de armas no governo de Jair Bolsonaro
A quantidade de brasileiros com autorização para ter arma de fogo aumentou sete vezes durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Ao longo do mandato do ex-presidente, a quantidade de CACs (grupo formado por caçadores, atiradores e colecionadores) subiu de 117.467, em 2018, para 813.188, em 2022, conforme dados obtidos pelo g1 via Lei de Acesso à Informação junto ao Exército.
Bolsonaro tinha entre suas principais pautas o armamento da população. O ex-presidente editou decretos que facilitaram o acesso a armas, inclusive as de grosso calibre e uso restrito, como fuzis, com critérios menos rígidos para posse e aquisição, bem como maior limite de munições disponíveis por ano para CACs.
Dados divulgados pelo g1 mostram que o governo Bolsonaro liberou 904 mil novas armas para caçadores, atiradores e colecionadores de 2019 até 2022. Os registros concedidos aos CACs ao longo do governo Bolsonaro representam a liberação de 619 novas armas por dia no país nos últimos quatro anos.
Foram ao todo 904.858 registros para aquisição de novas armas, aumento constante desde 2019, quando ocorreram 78.335 liberações. Em 2020, foram 137.851, e em 2021, o número passou para 257.541 e, em 2022, o recorde de 431.131 - que representa 47% do total sob Bolsonaro.
O presidente permitia que colecionadores tivessem cinco armas; caçadores podiam ter 15; atiradores, 30.
marcia | 24/02/2023 16:04:09
Tinha que ser UM BOLSONARISTA mesmo!
Antonio | 24/02/2023 15:03:45
Deveriam preocupar mais com as armas que entram ilegalmente pelas fronteiras do nosso paÃs ...eu não sei por que tanta perseguição aos cidadãos de bem desse Brasil ...enquanto nos morros do Rio de Janeiro traficante desfilam com fuzil importado e vcs aqui dessa mÃdia preocupada com CACs.
neto | 24/02/2023 15:03:10
Grande hipocrisia correlacionar os crimes que acontecem por assassinos portando armas de fogo, com os CACS. É preciso fazer aà uma ponderação. Dai a Cézar o que é de Cézar. façam um levantamento sobre quais armas mataram mais, se as registradas ou aquelas adquiridas por bandidos sem nenhuma procedência; ou seja, sem procedência. Hipócritas são aqueles que tentam associar todos os crimes com "bolsonaro ou bolsonaristas". IMBECIS.
Junior Bravo | 24/02/2023 12:12:18
A Lei nº 10.826/2003, em seu art. 4º, prescreve que para comprar uma arma, a pessoa precisa comprovar o seguinte: 1) DECLARAR EFETIVA NECESSIDADE; 2) comprovar idoneidade, ou seja, não estar respondendo a inquérito policial ou a ação penal, por declaração e certidões negativas da justiça estadual, justiça federal, justiça eleitoral e justiça militar; 3) comprovar capacidade psicológica mediante laudo emitido por psicólogo credenciado na polÃcia federal; 4) capacidade técnica comprovada por laudo emitido por instrutor de tiro credenciado na polÃcia federal; 5) comprovar ocupação lÃcita; 6) comprovar residência fixa; ter mais de 25 anos. A mesma coisa é necessário para fazer um Certificado de Registro, acrescentando, neste caso, a filiação ao clube de tiro (art. 22, da Potaria 150-COLOG/2019). Todos esses requisitos foram exigidos pelo decreto 5.123/2004, art. 12 (era Lula), podendo comprar quatro armas ou mais, se justificar a aquisição. Todos esses requisitos foram mantidos em todas os regulamentos, desde então. Em 2019 (era Bolsonaro), o decreto 9785/2019, manteve os mesmos requisitos. Todos os decretos subsequentes, no perÃodo de 2004-2022 mantiveram os mesmos requisitos. Agora o decreto 11.323/2023, baixou o limite geral para 3 armas, promoveu uma pá de irregularidades e insegurança jurÃdica sem precedentes, que vai empurrar muita gente para a ilegalidade. A bem da verdade, nenhum governo promoveu o que, de fato, era necessário, o desarme da bandidagem. É lamentável que um governo, se é que se pode chamar de governo, ANTES DE FALAR EM DESARMAR OS TRAFICANTES, PROMOVA O DESARMAMENTO DAS PESSOAS QUE CUMPRIRAM REQUISITOS RÃGIDOS PARA OBTER UMA ARMA COM REGISTRO. E é igualmente lamentável que os meios de comunicação não vejam isso: É COMUM GAROTOS PORTAREM FUZIS NOS MORROS DO RIO DE JANEIRO. O FOLHA MAX, QUE ESTà PREOCUPADO COM ARMAS NAS MÃOS DE PESSOAS QUE COMPROVARAM ESTAR, IDÔNEA, PSICOLÓGICA E TECNICAMENTE APTAS A POSSUIR UMA ARMA, POR QUE NUNCA FEZ UMA MATÉRIA SOBRE A POSSE DE ARMAS ILEGAIS? GOSTARIA MUITO DE OUVIR UMA RESPOSTA A ESTA INDAGAÇÃO, RESPONDAM! FOI EMBLEMÃTICA A MATÉRIA DA GLOBO SOBRE ROMPIMENTO DE ADUTORA DE ÃGUA COM RAPAZES PORTANDO FUZIS AO FUNDO, COMO SE ALI NÃO ESTIVESSE DURANTE A MATÉRIA E MUITO MENOS NAS EXIBIÇÕES VISTAS POR QUEM ATAVA O ARMAMENTO LEGAL. Quem aciona o gatilho de uma arma chama para si a responsabilização pelo ato, assim como quem dirige embriagado. NÃO HOUVE FLEXIBILIZAÇÃO ALGUMA, Hà NARRATIVAS E PROPAGANDA CONTRÃRIA, mas as narrativas agora são combatidas. A LEI É A MESMA DESDE 2003 E OS REGULAMENTOS, DESDE 2004 MANTÉM A MESMA LINHA.
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