Cidades

Quarta-Feira, 24 de Julho de 2024, 13h05

RAGNATELA

MP explicará sobre vereador alvo da PF; influencer quer recuperar carrão

Juiz Jean Bezerra determinou que o Gaeco explique a situação do parlamentar

BRENDA CLOSS

Da Redação

 

Na mesma decisão que tornou réus 14 denunciados por crimes de lavagem de dinheiro para a facção criminosa Comando Vermelho (CV) por meio de casas noturnas de Cuiabá, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, intimou o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) a se manifestar a respeito do não oferecimento de denuncia contra outras 11 pessoas que foram alvos da Operação Ragnatela, entre elas o vereador Paulo Henrique (MDB). A defesa da blogueira Stheffany Xavier também foi intimada a protocolar o pedido de restituição de seus carros de luxo, de forma separada. 

Além do vereador, são mencionados o DJ Everton Muniz, vulgo Everton Detona, a blogueira Stheffany Xavier, Antidia Tatiane Moura Ribeiro, Danilo Lima de Oliveira, Renan Diego dos Santos Josetti, e Vinicius Pereira da Silva, supostos integrantes do “Grupo G12”. Os investigados Ana Cristina Brauna Freitas, Matheus Araújo Brbosa e Rafael Piaia Pael também são citados pelo juiz.

Tirando o legislador, os 10 foram indiciados pelo delegado Antônio Flávio Rocha Freire, da Polícia Federal, pela ação que investigou a lavagem de R$ 77 milhões para a facção. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco-MT) apurou que Paulo Henrique, alvo de busca e apreensão, atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros. 

Ele teve um Jeep Compass apreendido que está no pátio da Polícia Federal, em Cuiabá. Apesar não ter sido indiciado na época, o delegado frisou que seriam instaurados novos inquéritos para dar continuidade na investigação. O magistrado, por sua vez, determinou que o MP se manifeste de forma fundamentada, sobre eventual arquivamento ou instauração de inquérito complementar.

"Compulsando os autos, vislumbra-se que o Ministério Público deixou de apresentar denúncia em relação os investigados, razão pela qual determino a intimação do órgão ministerial para que se manifeste, de forma fundamentada, sobre eventual arquivamento ou instauração de inquérito complementar, viabilizando a análise acerca da possível aplicação do art. 28-A do Código de Processo Penal. [...] ou indicando, de forma igualmente fundamentada, qual a medida adequada", determinou o magistrado. 

RESTITUIÇÃO DE BENS - Por não ter sido denunciada pelo Minstério Público, a defesa da influenciadora digital Stheffany Xavier tentou reaver seus bens, sendo dois carros de luxo, uma Range Rover Evoque e um Jeep Compass apreendidos na operação.

Por sua vez, o magistrado ressaltou que a defesa deve fazer o pedido em processo separado. "Quanto aos pedidos de restituição, visando evitar tumulto processual, determino a intimação das defesas para que os protocolem de forma apartada e associada à cautelar correlata", decidiu o juiz. 

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