Cidades

Segunda-Feira, 19 de Maio de 2025, 15h20

ACOLHIMENTO

MPE investiga fechamento de espaço no HMC

Da Redação

 

A promotora de Justiça Claire Vogel Dutra, coordenadora do Núcleo das Promotorias de Justiça Especializadas no Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, instaurou notícia de fato para apurar denúncia recente sobre a falta de equipes técnicas no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) para prestar os devidos atendimentos às vítimas de violência doméstica e familiar. 

O procedimento foi instaurado após notícias recentes sobre o fechamento de duas unidades de acolhimento às mulheres vítimas de violência no município de Cuiabá, concentrando o atendimento apenas no HMC. A promotora considerou, ainda, que a centralização desses serviços em um único local fere as diretrizes de acesso pleno aos serviços de acolhimento, tendo em vista a dificuldade de locomoção das vítimas. 

A promotora aponta também que há relatos de vítimas atendidas no Espaço Caliandra — iniciativa do Núcleo de Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital — de que não há equipe técnica no HMC para prestar os devidos atendimentos, havendo atualmente uma lista de espera com aproximadamente 300 mulheres. 

No despacho, a promotora lembra que, em 2024, foram registradas 11.653 (onze mil seiscentas e cinquenta e três) ocorrências envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher na capital. Ela destaca que a manutenção de Espaços de Acolhimento à Mulher nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) segue diretrizes do serviço público de saúde (Lei nº 8.080/90), bem como da Lei Complementar Municipal nº 499/2021, que dispõe sobre a criação do Espaço de Acolhimento à Mulher em Cuiabá. 

O procedimento foi instaurado no dia 28 de março. Segundo a promotora de Justiça, a Secretaria Municipal da Mulher já foi notificada, e as equipes do MPMT já realizaram uma visita ao Espaço de Acolhimento do HMC. 

OUTRO LADO

A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, esclarece que o atendimento especializado a mulheres vítimas de violência segue ativo e funcionando 24 horas por dia no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), unidade referência para acolhimento e suporte a esses casos.

Com a recente reestruturação dos serviços, algumas assistidas foram remanejadas para o Espaço de Acolhimento do HMC, que agora opera em regime de plantão, enquanto outras foram direcionadas para equipes da Secretaria Municipal de Saúde. Os prontuários foram devidamente encaminhados, sob sigilo e segurança, aos novos profissionais responsáveis, que passaram por capacitação para garantir um atendimento humanizado e qualificado.

A atual gestão identificou irregularidades no funcionamento de antigos espaços de atendimento e, desde então, tem atuado com agilidade para reordenar os serviços. O modelo adotado visa descentralizar o atendimento, ampliando o alcance por meio das equipes multiprofissionais (E-Multi) da Secretaria de Saúde e das unidades básicas de saúde, especialmente para mulheres com dificuldades de locomoção.

Além do acolhimento emergencial no HMC — que garante apoio psicológico e social no primeiro atendimento —, a meta é expandir o número de sessões terapêuticas e garantir continuidade no cuidado. A realidade anterior, com psicólogos atendendo mensalmente, está sendo superada com a ampliação da equipe, permitindo atendimentos mais frequentes e eficazes.

A Secretaria da Mulher também mantém atendimento psicológico e orientação jurídica em sua sede, na avenida Getúlio Vargas, n° 490. Mulheres que desejem ser avaliadas e atendidas podem procurar a equipe do HMC ou entrar em contato direto pelo número (65) 99223-3760.

 

A Prefeitura reafirma seu compromisso com a proteção das mulheres e trabalha para fortalecer a rede de acolhimento, ampliar os espaços de atendimento e garantir serviços cada vez mais acessíveis, eficazes e respeitosos.

Comentários (2)

  • Marquitos |  19/05/2025 16:04:38

    Na ECSP que tem os 2 hospitais HMC e Sao Benedito estao com problemas hospitais mantem seletivos de assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistss e demais da equipe tecnica sem chamst do Seletivo e HMC e Sao Benedito precisando de assistentes sociais e esses demais profissionais nao chama e fica isso ai, sem atender..os hospitais trabalham com toda as equipes tecnicas que atendem e rt's s sem passar no seletivo. E nao chama profissionais. Como vai atender esse problema tambem violencia domestica. Se os 2 hospitais sao profissionais que nao passam nas provas. Impossivel. Esta igual governo do Estado nao chama mais seletivos e nem concursados. Saude ta ruim..

  • Geferson |  19/05/2025 16:04:34

    Os 2 hospitais mantem a mesms situacao da gestao anterior, nao chama assistentes sociais do seletivo. Mantem HMC e Sao Benedito com assistentes sociais sem seletivo, quem nao passa em prova vai atender como essa especialidade. E ambos hospitais, so com profissionais que nao passaram no seletivo. Mesmo estilo do passado. Cade a mudanca. Ministerio publico pede lista de chefias e veja quem e de seletivo e quem nao e

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