Cidades Terça-Feira, 20 de Maio de 2025, 21h:41 | Atualizado:

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Vereadoras divergem sobre polêmica de falta de atendimento

 

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Vereadoras da bancada feminina da Câmara de Cuiabá divergiram opiniões sobre a notícia de que procedimento instaurado pelo Ministério Público do Estado (MPE) deve apurar denúncia de falta de equipes para apoio à vítimas de violência doméstica no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). O procedimento veio após notícias de fechamento de unidades de acolhimento às mulheres vítimas de violência, cujos atendimentos estariam concentrandos apenas no HMC.

A parlamentar Maysa Leão (Republicanos) se posicionou contrária ao fechamento e afirmou que apenas o HMC não é capaz de concentrar o atendimento de toda a capital, frente a índices alarmantes de violência contra mulheres em todo o Estado. “Não tem nada que respalde nem o prefeito, nem a secretária de decretar o fechamento. Quando eles fecharam, pediram que ficássemos tranquilos, que logo seria reaberto e readequado. E agora a gente passa meses esperando a notícia de que eles não têm o interesse em reabrir. Então, a gente vai lutar para que isso não aconteça”, afirmou à imprensa nesta terça-feira (20).

Maysa ainda garantiu que deve fazer uma fiscalização in loco e que convidou a juíza responsável pela Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher no município de Cuiabá, Ana Graziela Vaz, para participar. “Nós não temos capacidade de fornecer psicoterapia, um acolhimento adequado até a alta para essas mulheres. O HMC não dá conta da demanda. A gente precisa levar para os bairros também, porque essa mulher sai de longe, machucada e muitas vezes no meio do caminho é a rota crítica, é onde ela desiste porque é muita humilhação”, citou.

Já a primeira-dama da capital e também vereadora membro-suplente da Comissão dos Direitos da Mulher, Samantha Iris (PL), justificou que as salas não foram fechadas, mas que foram remanejadas e alegou que as salas estariam obstruindo a entrada da sala de emergência das UPAs. “A última vez que eu falei com a secretária da mulher, a Hadassah, ela falou que estava recebendo lá na secretária da mulher, no centro, também essas situações e que estavam trabalhando em planejar salas mais descentralizadas. Ela falou que há esse planejamento, mas que não se deixará de atender”, explicou.

Também membro suplente da Comissão, a vereadora Dra Mara declarou que vai cobrar a situação e garantiu que fez um requerimento junto à prefeitura e a Secretaria de Saúde sobre o tema e externou que “qualquer coisa que diminua o atendimento à mulher é muito prejudicial”.

“Nenhuma mudança que venha a diminuir qualquer atendimento à mulher, principalmente no momento crítico que nós estamos vivendo de alta violência, é bem-vinda. Vou cobrar a finco, ver o que está acontecendo, se vai ter outras salas em andamento. O que não pode nesse momento é fechar as salas e transferir para outro local que não tenha o devido cuidado com as vítimas”, citou.

Questionada a respeito da lei sancionada que assegura atendimento prioritário para mulheres vítimas de violência doméstica nas unidades de saúde, a vereadora afirmou que a bancada feminina da Câmara deve promover uma fiscalização para garantir a efetividade da lei. “Nós devemos ter esse cuidado para evitar aí grandes tragédias que vem acontecendo com as mulheres, principalmente nessa”, acrescentou.

Para a vice-presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, vereadora Baixinha Girardelli (Solidariedade), deveriam haver mais locais de atendimento e que qualquer local de atendimento de saúde deveria fornecer o atendimento. “Tudo que vier para ajudar, eu acho que ajuda, mas ainda falta muito mais, muito mais gestão para mulher. É muito pouco. A gente vê mesmo que fala sobre a violência da mulher, ela tá continuando e você não vê tanto resultado”, citou.

Por meio de nota a prefeitura de Cuiabá manifestou que a atual gestão identificou irregularidades no funcionamento de antigos espaços de atendimento e, desde então, tem atuado para reordenar os serviços e que neste momento o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), é unidade referência para acolhimento e suporte a casos de mulheres vítimas de violência.

Confira na íntegra:

Nota da Prefeitura de Cuiabá sobre atendimento a mulheres vítimas de violência

A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, esclarece que o atendimento especializado a mulheres vítimas de violência segue ativo e funcionando 24 horas por dia no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), unidade referência para acolhimento e suporte a esses casos.

Com a recente reestruturação dos serviços, algumas assistidas foram remanejadas para o Espaço de Acolhimento do HMC, que agora opera em regime de plantão, enquanto outras foram direcionadas para equipes da Secretaria Municipal de Saúde. Os prontuários foram devidamente encaminhados, sob sigilo e segurança, aos novos profissionais responsáveis, que passaram por capacitação para garantir um atendimento humanizado e qualificado.

A atual gestão identificou irregularidades no funcionamento de antigos espaços de atendimento e, desde então, tem atuado com agilidade para reordenar os serviços. O modelo adotado visa descentralizar o atendimento, ampliando o alcance por meio das equipes multiprofissionais (E-Multi) da Secretaria de Saúde e das unidades básicas de saúde, especialmente para mulheres com dificuldades de locomoção.

Além do acolhimento emergencial no HMC — que garante apoio psicológico e social no primeiro atendimento —, a meta é expandir o número de sessões terapêuticas e garantir continuidade no cuidado. A realidade anterior, com psicólogos atendendo mensalmente, está sendo superada com a ampliação da equipe, permitindo atendimentos mais frequentes e eficazes.

A Secretaria da Mulher também mantém atendimento psicológico e orientação jurídica em sua sede, na avenida Getúlio Vargas, n° 490. Mulheres que desejem ser avaliadas e atendidas podem procurar a equipe do HMC ou entrar em contato direto pelo número (65) 99223-3760.

A Prefeitura reafirma seu compromisso com a proteção das mulheres e trabalha para fortalecer a rede de acolhimento, ampliar os espaços de atendimento e garantir serviços cada vez mais acessíveis, eficazes e respeitosos.





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