Segunda-Feira, 19 de Agosto de 2024, 09h40
CASO ZAMPIERI
No Whats, advogado manda foto de ouro a desembargador; CNJ vê corrupção
Zampieri mandou imagem de 400 gramas de barra de ouro
Da Redação
A decisão do ministro corregedor Luis Felipe Salomão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determinou o afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), revela que o advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, teria enviado fotos de barras de ouro a um dos magistrados. O togado, inclusive, teria manifestado seu descontentamento em uma das conversas interceptadas e que estavam no aparelho de celular do jurista.
Foram alvos da decisão os desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho e o afastamento teria sido motivado por conta de informações contidas no telefone celular que pertencia ao advogado Roberto Zampieri, por suspeita de venda de sentença. Em uma das conversas interceptadas, o jurista chegou a enviar fotos de barras de ouro.
O diálogo flagrado envolve o advogado e o desembargador Sebastião de Moraes Filho e data de meados de outubro do ano passado. No dia 15 daquele mês, Zampieri encaminhou fotos de duas pequenas barras de ouro.
De acordo com o documento do CNJ, trata-se de um indício forte de que o jurista oferecia vantagens indevidas ao desembargador. Após o envio das fotos, o magistrado passa a procurar, com uma grande frequência, o jurista.
“A partir deste dia, inicia-se uma sequência de diálogos entre os interlocutores que reforçam as suspeitas de que o falecido advogado, de fato, oferecia vantagens indevidas ao magistrado. Trata-se de período em que o reclamado [desembargador], inicialmente, estava em mais uma viagem internacional, mantinha conversa amigável com Roberto Zampieri - como de costume - e lhe lembrava do dia em que retornaria, enfatizando, mais de uma vez: ‘não esqueça’", aponta a decisão. Para o CNJ, a insistência do desembargador seria um indício forte de que se tratava, na verdade, de algo do interesse do magistrado e não do advogado.
Em um trecho da conversa, Sebastião de Moraes Filho diz que precisava falar com Roberto Zampieri com uma certa urgência, mas o jurista estava em Goiânia, em um julgamento, tendo respondido que voltaria no dia seguinte. Já no dia 21 de novembro, poucos dias antes de Zampieri ser assassinado, o desembargador relata que o advogado o estaria colocando em uma situação complicada.
Posteriormente, o magistrado demonstrou descontentamento pois, aparentemente, teriam agendado uma reunião na qual o jurista não compareceu. “Estou na espera do memorial para analisar. Estou no gabinete aguardando o senhor. Tá me colocando numa sinuca de bico. Três dias depois, Sebastião manda a Zampieri uma figurinha (sticker) de um homem furioso, aparentando estar descontente com o advogado. Pelo teor da conversa, é possível inferir que o magistrado esperou o advogado no Tribunal e este não compareceu, motivo por que combinaram de se encontrar na segunda-feira seguinte”, aponta o documento do CNJ.
Ao final da conversa, Zampieri envia fotos de duas barras de ouro ao desembargador, que questiona se tratava-se de 500 gramas. O advogado respondeu que eram 400 gramas e, então, marcaram de se encontrar numa segunda-feira, que seria aniversário do magistrado.
Para o CNJ, a conversa sugere um cenário de comprometimento de Sebastião de Moraes Filho. “Os elementos de prova até aqui colacionados foram extraídos, exclusivamente, dos diálogos entre o advogado e o desembargador. Por si só sugerem, fortemente, um cenário de gravíssimo comprometimento da imparcialidade, integridade e independência do magistrado frente às investidas do advogado falecido, inclusive, possivelmente, com recebimento de vantagens indevidas por parte do desembargador, em benefício próprio e de seus familiares”, completa o documento.
O CASO
Roberto Zampieri foi assassinado a tiros na noite do dia 5 de dezembro na frente do próprio escritório no bairro Bosque da Saúde, região nobre da Capital. Ele estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingido com diversos tiros de pistola calibre 9 milímetros disparados pelo pedreiro e pistoleiro, Antônio Gomes da Silva, de 56 anos. Ele foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG) e atualmente está detido numa unidade prisional de Cuiabá.
Em junho, em uma manifestação onde foi negado um pedido de devolução e destruição dos dados contidos no aparelho celular do advogado, o CNJ apontou que uma decisão do desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) teria sido o motivo para a morte do jurista. O imbróglio judicial se deu por conta de uma disputa envolvendo uma área de 4,5 mil hectares, avaliada em quase R$ 6 milhões.
Segundo as investigações, o médico veterinário Aníbal Manoel Laurindo, que é fazendeiro e empresário, sua esposa Elenice Ballarotti Laurindo, e também o irmão dele, José Vanderlei Laurindo, estavam envolvidos numa disputa de terras contra um cliente de Roberto Zampieri, identificado como Jessé Benedito Emídio, por causa de uma fazenda no município de Paranatinga.
A área, no valor de R$ 5,9 milhões, deveria ser repassada ao cliente do advogado. Trechos de decisões mostram o conflito de terras envolvendo as famílias Zampieri e Laurindo. O embate judicial durou vários meses, com desfecho em maio de 2023, quando foi determinada a reintegração da posse da Fazenda Lagoa Azul, de 4.596 hectares que pertencia então a José Wanderlei.
ainda bem que nasci em 70 | 19/08/2024 22:10:13
E depois que morrem a bala , vem a midia e solta essa conversa de " tem que investigar a morte desse grande jurista,,," Só pilantras . Esse paÃs está afundando pelas mãos do judiciário em todos os nÃveis.
Contribuinte indignado | 19/08/2024 16:04:06
Ta fedendo longe essas marcutaias e isso um caso, imagina o restante
davi | 19/08/2024 14:02:08
Uma coisa é certa... SAnto ele não era..
Pobre | 19/08/2024 14:02:05
Como fica situação do pobre que precisa dê justiça? Tem galinhas, ovos, frutas do quintal.
Comentarista | 19/08/2024 13:01:25
Prender não vai não? Será que de repente ele não some nas asas de um jatinho?? Se apertar a esponja, ela pinga muita água....
Claudio | 19/08/2024 12:12:58
essa gente é tao poderosa que fica ate dificil comentar as noticias sem ter medo de perecer no dia seguinte. Por isso me abstenho dessa vez, ja que me tornei pai recentemente e amo minha familia. Grato
Marquinhos | 19/08/2024 11:11:40
Não sei não, No TJMT a muitos Leões esses dois Desembargadores são os que trabalham na LEI e não votaram de acordo com vários desembargadores uma Máfia no TJ MT, as pessoas precisam investigar as Licitações do TJMT....Putz é a Justiça que investiga.....Ferrou
Miserável de esquerda | 19/08/2024 11:11:39
Será que alguns advogados são tão bons no seu ofÃcio ou porque sabem como conversar ?
Paulo | 19/08/2024 11:11:24
Só maracutaia, vergonha veru
Pinto | 19/08/2024 11:11:17
Uai....mas o WhatsApp não era criptografado de ponta a ponta ?? Kkkkkkkkk......
kv | 19/08/2024 10:10:52
K@N@LH@S
Drxomano | 19/08/2024 10:10:48
É um esgoto a céu aberto esse TJ, cada advogado que morre se analisar celular mata um desembargador do coração. Reage CNJ
Desacreditado Judicial | 19/08/2024 10:10:36
Tá explicado por eu não ganhava uma, esforçava dias e dias fazendo um bom trabalho jurÃdico e nada.
Luciano | 19/08/2024 10:10:17
A única coisa que deve acontecer com o bandido de toga será ganhar uma gorda aposentadoria como "castigo"
Galo Bravo | 19/08/2024 10:10:16
kkkkkk..... e os caras ganham 105.000,00/mês .....tá pouco......kkkkkk....como roubam na cara dura....e são os mesmos que dão Sentença condenando os outros Ladrões .....não gostam da concorrência......kkkkkkkkk
pobre de direita | 19/08/2024 09:09:17
Rapaz, briga entre patriotários e terrivelmente evanjegue, tem um ai que vive dentro de igreja rezando, quero que se lasquem.
LIBERAL | 19/08/2024 09:09:06
Prefiro calar-me! Tenho receio de enviarem "jagunços" até mim!
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