Cidades

Sexta-Feira, 03 de Maio de 2019, 11h35

SANTA CASA

PM impede entrada de funcionários em hospital

ANA FLÁVIA CORREA

Gazeta Digital

 

Santa Casa de Misericórdia da Capital amanheceu cercada de viaturas policiais, que se encarregaram de não deixar que nenhum funcionário entrasse na unidade hospitalar nesta sexta-feira (3). Do lado de fora, embaixo de uma fina garoa, ao menos 30 funcionários esperavam por uma resposta.

Na parte de dentro, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, se encarregou de analisar os aposentos do hospital e verificar suas condições de funcionamento. Isto porque, no final da tarde desta quinta-feira (2), o Governo do Estado anunciou uma requisição administrativa, em que deve assumir as acomodações da Santa Casa de agora em diante. 

Com a unidade hospitalar fechada há mais de 50 dias, os corredores de paredes azuis que antes eram transitados por médicos, enfermeiros e pacientes hoje estão vazios. É possível ouvir o eco dos passos das poucas pessoas que passam pelo local. Contudo, com a nova gestão, a estimativa é que a unidade volte a atender em 30 dias. 

Conforme explicou o secretário de Estado à reportagem, o governo não deve assumir as dívidas deixadas pela gestão anterior, mas 'alugar' o espaço e utilizá-lo para gerir um hospital regional, denominado, por hora, como Unidade Hospitalar Estadual de Alta Complexidade. "A Santa Casa não vai ter a situação financeira sanada, o Estado não pode absorver dívida ou depositar dinheiro para pagar dívida privada. Por isso que nós chamamos de requisição, porque  a intervenção seria se nós absorvêssemos a dívida", explicou.

Para a nova gestão, apenas as partes consideradas de alta complexidade devem funcionar, como as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), nefrologia, oncologia, ortopedia pediátrica e cirurgia cardiovascular. "São áreas que nós entendemos que são as mais impactantes que a Santa Casa prestava. Nós não queremos resolver problemas de Pronto-Socorro, Upas, nosso objetivo não é esse", finalizou. 

Funcionários 

Representante dos Profissionais da Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Dejamir Soares, explicou que o Estado se manifestou no sentindo de depositar o dinheiro da locação em uma conta para que a sociedade mantenedora da Santa Casa quite suas dívidas com os funcionários.

"Os trabalhadores terão que entrar com uma ação para ter acesso a essa conta jurídica querendo este valor", disse. Apesar da manifestação, tudo deve ser melhor esclarecido na próxima segunda-feira (6), quando está uma agendada uma reunião do secretário com os funcionários.

Proposta da nova gestão é que os novos funcionários sejam contratados de forma emergencial em um contrato que pode durar até 6 meses. A partir daí, deve ser feito um novo processo seletivo. 

Comentários (1)

  • Kel |  03/05/2019 12:12:24

    Pensei que o estado estava em calamidade financeira !?

Confira também: Veja Todas