Sexta-Feira, 08 de Agosto de 2025, 14h48
RECONHECIMENTO
Professores ressaltam importância de Artes e Educação Física na formação profissional e tecnológica
Da Redação
O projeto Arteduf, lançado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), está movimentando as 17 Escolas Técnicas Estaduais (ETECs) de Mato Grosso com propostas que integram arte e educação física à formação técnica de forma inédita.
Além de ocupar horários com atividades pedagógicas, a proposta busca a formação integral de jovens, potencializando autoestima, formação integral, pertencimento, expressão criativa e projetos de vida dentro e fora da escola.
Durante dois dias (quarta e quinta-feira) professores de artes e de educação física de diferentes regiões do Estado se reuniram para uma imersão formativa em Cuiabá. O encontro foi marcado por apresentações de projetos alinhados aos objetivos do Arteduf. Os projeto, na prática, pretendem transformar as ETECs em um espaço acolhedor, vivo, criativo e conectado com a realidade dos estudantes e da comunidade local.
“Em vez de fórmulas prontas, cada ETEC vai construindo seu caminho com base nas potências locais, nas trajetórias dos professores e no diálogo direto com os estudantes e comunidade. É assim que o Arteduf deixa de ser uma diretriz abstrata e passa a se tornar realidade viva nas escolas com som, movimento, cor e identidade”, afirmou Ederson Andrade, superintendente de Educação Profissional e Tecnológica da Seciteci.
Em Cáceres, o professor de Educação Física Jacenildo dos Santos está levando adiante o projeto “Atividades físicas para todos: um semestre de descobertas”, que propõe práticas corporais voltadas para o bem-estar, a saúde e o fortalecimento do vínculo dos alunos com a escola. Futebol de salão, atletismo, corrida, treino funcional e ginástica localizada formam o repertório inicial das ações, pensadas para acolher os diferentes ritmos, interesses e condições dos estudantes.
“Mais do que esporte por competição, queremos um espaço de pertencimento e trabalho em equipe”, explica o professor. A proposta também prevê avaliações periódicas e envolvimento da comunidade nas atividades, fortalecendo a conexão entre escola e território.
Para Alex Teixeira, coordenador do programa, o Arteduf está conectado aos cursos técnicos ofertados pelas ETECs. “Mesmo em áreas muito técnicas, como TI, mecânica ou agronegócio, o Arteduf contribui para tornar o processo de ensino-aprendizagem mais completo e humano. O estudante se sente parte da escola, reconhecido e inspirado a ser mais do que um técnico: um cidadão criativo e preparado para o mundo”, destaca.
Na ETEC de Campo Verde, a arte vai tomar forma nas mãos da professora Eunice Lanzarin, que une sua formação técnica em artes plásticas à escuta sensível da juventude da unidade escolar. Sua proposta parte do entendimento de que a arte não é algo distante ou elitizado, mas expressão cotidiana. O projeto está em fase de construção coletiva e mapeamento cultural: “Quero que os alunos se reconheçam como fazedores de arte, que entendam que carregam um legado criativo e podem ressignificar o mundo ao redor”, afirma.
A ideia é explorar linguagens acessíveis das artes visuais, produzir painéis coletivos e envolver as famílias em mostras culturais. Tudo isso com um propósito maior: estimular a expressão, o pertencimento e a identidade dos estudantes dentro e fora da escola.
Em Matupá, o professor André Júlio aposta no teatro e na dança como linguagens transformadoras. Com mais de uma década de experiência como professor de artes, ele propõe uma abordagem baseada na escuta e no protagonismo estudantil. O que será dançado? Que histórias serão contadas? Que músicas embalarão os corpos em cena? Tudo será definido junto com os alunos, em um processo horizontal de criação.
“É um projeto que nasce do território e ganha sentido a partir da vivência dos estudantes”, destaca André. Além das apresentações na escola, a proposta prevê participação em festivais e mostras culturais, ampliando o alcance e a potência da arte produzida na EPT.
A articulação com os territórios, o estímulo à autonomia, o respeito às identidades e o compromisso com a permanência dos estudantes na escola são marcas fortes desses projetos. Todos eles caminham juntos com a proposta da Seciteci de repensar a educação profissional com mais humanidade, criatividade e sentido social.
O superintendente Ederson Andrade, reforça que o Arteduf cumpre uma função estratégica. “Trabalhar com arte e educação física nas escolas técnicas é contribuir com a formação completa do ser humano. Isso ajuda a melhorar notas, relações interpessoais, comportamento e estimula o jovem a pensar em projetos de presente e de futuro”, afirma.
Com implantação em todas as 17 ETECs, o Arteduf prevê núcleos de prática, eventos abertos à comunidade, apresentações internas e externas, além de festivais e jogos interclasses. A proposta foi construída com base em planejamento pedagógico integrado e escuta ativa dos professores.
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