Os casos de coronavírus aumentaram 130% no mês de junho em Mato Grosso. A informação foi destaque na edição do Jornal Hoje, da TV Globo, nesta segunda-feira (15).

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, de sexta-feira (12) para domingo (14), foram registradas 50 mortes. Ou seja, o maior número óbitos para um período de 3 dias desde o início da pandemia. 

Em Mato Grosso, já são 6.108 casos e 213 óbitos em decorrência do vírus. O aumento drástico no número de contaminados está causando superlotações nos hospitais que já entraram em colapso e enfrentam dificuldades para atender os pacientes.

Segundo a SES, atualmente existem menos de 60 vagas em UTIs disponíveis para todo Estado. Com os pais internados em estado grave, a empresária Valéria Andrade diz que já gastou quase R$ 40 mil num hospital particular em Lucas do Rio Verde (à 331 km da capital). “A gente não sabe de onde vai conseguir dinheiro para bancar todos os custos que estamos tendo com eles no hospital. É uma situação extremamente complicada”, disse. 

No sábado, um bebê indígena de 45 dias morreu após ser contaminado com o novo coronavírus. A criança chegou a ser transferida do município de Água Boa (à 737,4 km da capital) para Cuiabá, após conseguir, na Justiça, uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica.

Contudo, após ser transferido, ele não resistiu.   O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso enviou ao Ministério Público um oficio solicitando o lockdown e a construção de um hospital de campanha. Além disso, os profissionais denunciaram a falta de estrutura nas unidades de saúde.  

OUTRO LADO 

A Prefeitura de Lucas do Rio Verde diz que o hospital onde os pais de Valéria estão internados atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e recebe os pacientes com Covid que precisam de enfermaria. A administração do municipio justificou ainda que dispõe de vagas nos hospitais públicos e que há um plano de contingência caso seja necessário a criação de novas vagas.