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Domingo, 25 de Maio de 2025, 21h07

Santa Casa atravessou pandemias em dois séculos

GAZETA DIGITAL

Parte importante da história da medicina, as Santas Casas de Misericórdia são instituições filantrópicas constituídas no passado como irmandades que carregavam como missão o tratamento e sustento a enfermos, permitindo um maior acesso da população aos serviços públicos assistenciais e de saúde. Frequentemente envolvida em polêmicas sobre fechamento, a Santa Casa de Cuiabá é uma delas.

Trata-se do primeiro hospital de Cuiabá. Dos 306 anos da Capital, ela faz parte de mais de 200 anos de sua história. Com fachada em arquitetura gótica alemã, foi tombada pela Secretaria de Cultura do Estado de Mato Grosso e tem como santa padroeira Nossa Senhora da Conceição.

O doutor em História Social pela USP e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, professor Fernando Tadeu de Miranda Borges, conta que a Santa Casa era uma reivindicação antiga da população de Cuiabá, da década de 1740. Segundo ele, desde a década de 1720 Cuiabá contou com presença de médicos e cirurgiões, e lutou para mantê-los na região.

“Com o falecimento de um cidadão português de posse, que morava em Vila Bela da Santíssima Trindade, Manoel Fernandes Guimarães, preocupado com a saúde em Vila Bela e Cuiabá, deixou de herança uma parte de sua fortuna para a construção de um hospital, que atendesse a população”, explica o professor.

É dito que esse dinheiro ficou guardado até 1815, quando o governador da Capitania de Mato Grosso, João Carlos Augusto D' Oeynhausen Gravenberg, iniciou sua construção, inaugurando o hospital, em 8 de dezembro de 1817, que inicialmente recebeu o nome de Hospital Nossa Senhora da Conceição. Posteriormente foi dado o nome de Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.

 

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