Cidades

Domingo, 20 de Abril de 2025, 17h57

MÊS DA TULIPA VERMELHA

Sem cura, bons hábitos podem prevenir Mal de Parkinson

ANA JÚLIA PEREIRA

Gazeta Digital

 

Conhecido como “Mês da Tulipa Vermelha”, abril é dedicado à Conscientização do Parkinson, doença neurodegenerativa, crônica e sem cura. Ela afeta principalmente pessoas com idade avançada, mas pode estar ligada a falta de dopamina e acometer pacientes mais jovens.

Em entrevista, a neurologista Heloise Helena de Figueiredo Siqueira, explica que os principais sintomas são a lentidão para realizar suas atividades cotidianas, associada ao tremor e certa a rigidez nos membros.

“A doença de Parkinson é degenerativa, ligada ao envelhecimento de uma área do cérebro, onde é produzida uma substância chamada dopamina. E conforme morre as células dessa região, o indivíduo passa a produzir menos dopamina e com isso começam a apresentar os sintomas da doença de Parkinson”, pontua a médica.

Sem cura ainda, é utilizado um tratamento com medicações para melhorar a lentificação, o tremor e a rigidez. Aliado a este há o tratamento de fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, para que o paciente aprenda a utilizar novas formas de caminhar, de se levantar, de engolir, até de falar.

“A idade é um fator bastante determinante, porque a gente sabe que a frequência da doença de Parkinson aumenta com os anos. Então, indivíduos com mais de 55 anos estão mais predispostos a apresentar a doença. Porém, ela não é exclusiva desses pacientes, porque existem as formas juvenis ou precoces registradas em pessoas entre 35 a 40 anos”, esclarece.

A médica explica que, às vezes, algum outro medicamento pode inibir a produção de dopamina no cérebro, podendo causar sintomas de Parkinson.

“Quando o paciente apresenta alguns sintomas, nós buscamos informações a respeito de uso de algumas medicações que inibem ou bloqueiam a ação da dopamina e que pode, por causa disso, produzir um quadro semelhante à doença de Parkinson. Nestes casos, é recomendável que a medicação seja trocada ou interrompida por cerca de 6 meses para constatar se este é um caso de parkinsonismo secundário ao uso de medicação”, pondera.

Apesar da inexistência de cura, alguns hábitos ajudam na prevenção da doença. Manter dieta saudável, fazer atividades físicas e rotina de leituras podem reduzir as chances de desenvolvimento do problema.

“Uma dieta rica em sal acaba aumentando a chance de pressão alta, de derrame no cérebro e, consequentemente, aumentar as chances de doença de Parkinson. Outro fator importante é a prática de atividade física regular, porque isso vai minimizar os efeitos do etarismo e da senescência nesse cérebro. Por fim, o hábito de leitura, atividades intelectuais e sociais também são importantes, para o que indivíduo tenha liberação de substâncias, como serotonina e endorfinas, essenciais para um envelhecimento saudável”, finaliza.

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