Cidades

Sexta-Feira, 28 de Março de 2025, 11h47

GREVE À VISTA

Servidores da UFMT fazem protesto por reajuste salarial

GAZETA DIGITAL

 

Técnicos administrativos e professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (28) para cobrar do Governo Federal o cumprimento do acordo de greve firmado em 2024, incluindo reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho. A manifestação bloqueou parcialmente a entrada da universidade das 6h30 às 8h e faz parte de uma mobilização nacional.

Entre as principais reivindicações da categoria está o pagamento do reajuste de 13% acordado com o governo, que deveria ter sido dividido em duas parcelas: 9% em janeiro de 2025 e 4% em abril de 2024. No entanto, os servidores afirmam que ainda não receberam a primeira parcela. Além disso, eles cobram a implementação de medidas administrativas, como revisão da jornada de trabalho e melhores condições laborais.

Durante o ato, os técnicos administrativos realizaram uma assembleia para discutir a possibilidade de entrar em estado de greve que foi aprovada e se iniciará partir de 1º de abril, com mais de 180 trabalhadores(as) presentes, a decisão foi tomada em defesa do atendimento integral dos acordos de greve e contra quaisquer retrocessos nos direitos da categoria.

Segundo Marillin Tedesco, coordenadora administrativa e financeira do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação da UFMT (Sintuf), a medida visa pressionar o governo. “Esse é um movimento nacional e tem o objetivo de garantir que o governo cumpra o que foi acordado na greve do ano passado”, afirmou.

Luan Perné, técnico administrativo em educação e um dos gestores do hospital veterinário, destacou a importância do ato para conscientizar a comunidade universitária sobre as demandas da categoria. “Viemos hoje, através desse grande ato na frente da universidade, mobilizar e passar para a população o que está acontecendo. Esse é um dos motivos pelos quais paramos hoje: para que todos entendam as nossas lutas”, afirmou.

A categoria também reclama da defasagem salarial, já que os servidores ficaram seis anos sem reajuste devido à ausência da Revisão Geral Anual (RGA). “Passamos dois anos sem aumento no governo Temer e mais quatro anos no governo Bolsonaro, sem sequer a recomposição da inflação”, destacou Tedesco.

Luzia Melo, técnica de laboratório na Faculdade de Medicina, afirmou que a adesão ao estado de greve deve ser aprovada nos próximos dias. “Precisamos mostrar que estamos mobilizados e que o governo precisa cumprir integralmente o acordo firmado”, disse.

A UFMT conta com mais de 3.000 técnicos administrativos distribuídos pelos campus do estado. Caso o governo não atenda às reivindicações, a categoria pode decidir por uma nova paralisação nas próximas semanas.

Em nota o Sintuf afirmou "Sem educação pública e gratuita não existe futuro para nosso povo. Sem serviços públicos de qualidade, não existe vida digna para nosso povo. Sem trabalhador valorizado, não existe serviço público de qualidade".

Por meio de nota, a UFMT reafirmou seu compromisso com a valorização de seus servidores e apoia todas as lutas por melhorias na carreira dos técnico-administrativos. "Apesar da mobilização, as atividades acadêmicas não foram suspensas, garantindo a continuidade das aulas. No entanto, o impacto foi sentido principalmente nos setores administrativos, onde parte dos serviços foi reduzida devido à adesão dos técnicos ao movimento. O movimento acontece tanto no campus de Cuiabá quanto nos campi do Araguiaia e Sinop".

Comentários (3)

  • Francisco Gomes |  28/03/2025 17:05:02

    Faz o L e vão lamber saco do Luladrao

  • João de Oliveira |  28/03/2025 13:01:54

    O povo sem paciência viu. Gente se o Lula prometeu o aumento, esperem, eu tenho certeza absoluta que ele vai cumprir. Dá pelo menos mais uns VINTE ANOS pra ele cumprir esta promessa.RSRSRSRSRS AMOR, AMOR, AMOR, AMOR, AMOR... O amor venceu o ódio kkkkkkkkkk Como eu me divirto com isto.

  • Daniel |  28/03/2025 11:11:47

    Nem vou rir, pq são pais e mães de família.

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