O Sindicato dos Trabalhadores da Policia Civil de Mato Grosso (Siagespoc) solicitou o afastamento imediato das funções do delegado da Polícia Civil, Percival Eleutério de Paula, que ocupa a diretoria regional de Primavera do Leste. A argumentação do sindicato é que o delegado foi condenado por improbidade administrativa cometida no exercício do cargo. 

Por unanimidade, a Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ) manteve o bloqueio de patrimônio de R$ 10.275,24 mil de Percival Eleutério de Paula. Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o delegado efetuou a apreensão de um veículo BMW, cor preta modelo 2001/2002, no município de Rio Branco.

No entanto, após checar que o automóvel era roubado, ele não devolveu o bem ao real proprietário. Pelo contrário, de acordo com o MPE, o delegado exigiu uma recompensa de 10% do valor do veículo a título de recuperação e liberação ao proprietário. 

O Siagespoc argumento que o profissional "não tem condições de exercer o cargo". "Que tipo de exemplo ele está dando”, questiona o presidente do Siagespoc, Cledison Gonçalves da Silva. 

O sindicalista destaca que, quando algum policial civil sofre acusações, antes mesmo das investigações, é imediatamente afastado pela diretoria da Polícia Civil. “Quero saber se o que está ocorrendo neste caso são dois pesos e duas medidas. Quando é com um investigador da Polícia, o afastamento é imediato. Neste caso, o delegado já foi condenado e a diretoria da Polícia ainda não tomou nenhuma providência”. 

VEJA MAIS

TJ bloqueia R$ 10 mil de delegado acusado de cobrar para liberar BMW