Quarta-Feira, 18 de Outubro de 2023, 23h00
FÓRUM
TJ investiga juiz por prender mãe que se revoltou com assassino do filho em Cuiabá
Procedimento tem prazo de 140 dias e tramita em sigilo
G1
A Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso abriu uma investigação, nessa quarta-feira (18), após um juiz dar voz de prisão para uma mãe que se expressou contra o acusado de matar o filho dela. O caso aconteceu no dia 29 de setembro durante uma audiência de instrução, mas ganhou repercussão nesta semana após um trecho da sessão ser divulgado nas redes sociais.
Segundo a Corregedoria, o pedido de apuração do caso foi feito pelo próprio magistrado, Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, ao Departamento Judiciário Administrativo (DJA), setor responsável pelo recebimento, autuação e processamento de feitos administrativos. O procedimento tem o prazo de 140 dias e tramita em sigilo, segundo a Justiça.
O juiz informou também, por meio da assessoria jurídica, que encaminhou imagens da audiência à Corregedoria-Geral de Justiça do estado e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No entanto, o Conselho disse que não tramita nada relacionado ao caso até esta quarta-feira.
O juiz informou também, por meio da assessoria jurídica, que encaminhou imagens da audiência à Corregedoria-Geral de Justiça do estado e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No entanto, o Conselho disse que não tramita nada relacionado ao caso até esta quarta-feira.
De acordo com a promotora do caso, Marcelle Rodrigues da Costa e Faria, tudo começou quando foi perguntado à mãe se ela estava confortável em prestar depoimento na frente do réu, investigado por assassinar o filho dela a tiros em 2016. “Achei que se retirasse ele da sala, talvez ela ficasse mais tranquila em prestar o depoimento. Nesse momento, ela mostra coragem e diz que não teria problema ele acompanhar, pois o reú não era ninguém pra ela", disse.
Logo pós a fala da mulher, o advogado do réu interveio pedindo respeito ao acusado e, em seguida, o juiz passa a repreender a mãe. “O juiz exigiu um comportamento daquela senhora, sem compreender a situação que ela estava. Então, eu intervi de novo, dizendo que eu queria ouví-la, mas novamente o juiz exigiu da vítima inteligência emocional. Novamente, pedi que a vítima pudesse contar a história dela, mas o juiz não quis e encerrou a audiência”, narrou.
Quando a audiência foi encerrada, a mãe do jovem assassinado se levantou e jogou um copo de plástico que ela segurava. Em seguida, segundo a promotora, ela se voltou ao réu e disse: "da justiça dos homens você escapou, mas da justiça Deus não escapa". Nesse momento, ela recebeu voz de prisão.
“Na ata da audiência, o juiz disse que a mulher, no momento que jogou o copo, danificou patrimônio público, quebrando o bebedouro. Mas como um copo de plástico quebra um bebedouro?" questionou. Além disso, na ata também constava que ela xingou o magistrado, mas também não ficou comprovado”, disse a promotora. Depois da audiência, a mãe foi levada para a delegacia e prestou depoimento. O delegado, no entanto, optou por não lavrar flagrante, pois concluiu que não havia provas.
A psicóloga Giovana Bárbara Neves Lourenço, explicou que no estado há o Núcleo de Defesa da Vida, instituição responsável para atender familiares e vítimas sobreviventes de crimes dolosos conta vida. “A Promotoria de Justiça oferece a denúncia contra o réu, e a partir do processo, eles encaminham para a gente o pedido de estudo psicológico e social. Quando chega aqui, verificamos quem são as vítimas, os familiares dessas vítimas e entramos em contato com essas pessoas para informá-las sobre seus direitos", explicou.
Segundo Giovana, as vítimas são orientadas sobre os direitos que possuem, para que elas não sofram revitimização durante o curso do processo. "A pessoa é informada que aqui é um espaço de fala para ela. Então, não tem certo e errado, não tem censura. Ela fala sobre a dor dela a partir da perspectiva dela. E aí a gente também informa sobre outras questões que podem intensificar esse sofrimento durante o andamento processual, como pedir para depor na ausência do réu, caso se sinta temerosa ou não tenha condições de estar no mesmo ambiente que a pessoa. É um direito", explicou.
Cidadão | 21/10/2023 12:12:20
Vamos ver se a Deusatemis da Justiça de MT Orlanda Perri vai permitir.
Leislie | 19/10/2023 11:11:54
Lamentável a atitude do Magistrado. Lamentável também a atitude do colega advogado que ao meu ver desrespeitou uma mãe que perdeu um filho. Atitude totalmente desnecessária na busca de defesa de seu cliente. Faltou respeito. Faltou piedade com uma mãe.
Alfredo | 19/10/2023 11:11:06
Um advogado pilantra vendido, que encontrou um juÃz covarde e mentiroso, uma dupla asquerosa contra uma pobre mãe que só queria justiça.
Maria | 19/10/2023 10:10:40
se fosse ao contrario garanto que o assassino ja estava livre nas ruas, esse Brasil não tem mais solução
Muito Bem | 19/10/2023 10:10:23
Como ainda existem certos
CIBELI | 19/10/2023 09:09:43
Abuso de autoridade
Julio S. | 19/10/2023 09:09:28
Esse não é aquele Juiz que inocentou a mulher bebada que matou e atropelou aqueles jovens na frente da Valley em Cuiabá ? Sera que ele vai inocentar mais um assassino ?
ZÉ CARAMBA | 19/10/2023 09:09:16
Coisa dficil é quando vc encontra um Juiz Parcial
Paulo Roberto patini | 19/10/2023 07:07:16
Quanta ignorância e prepotência deste cidadão chamado juiz... mais um no judiciário falido desse paÃs...
Alice | 19/10/2023 07:07:03
Esse juiz deve ter coração de pedra e não tem filhos. Quando frieza é arrogância. Essa é a nossa justiça
Confusão Não. Abuso de Autoridade | 19/10/2023 07:07:01
Ficou flagrantemente Abuso de Autoridade. A corregedoria tem que fazer uma varredura nas decisões desse Juiz. Encontrando decisões fora do padrão da legalidade, moralidade e constitucionalidade..Deverá ser aposentado compulsoriamente. O que bate em Chico, bate em Francisco. Salvo engano, ele passou em Rondonópolis.
Roberto | 19/10/2023 04:04:35
Quem deveria ter inteligência emocional era o senhor juiz. Quanta arrogância, insensibilidade e instabilidade emocional!
Marcelo Souza | 19/10/2023 00:12:19
Lamentável isso. Conduta réproba deste magistrado. É fácil ser estúpido, rude e descortês com o cidadão comum, a dona de casa. Não se vê mais juiz sendo justo para com a população em detrimento do bandido. Vivemos em um mundo onde o certo é o errado... Também, se grita com bandido, esse tem arma, tem compareça e nada a perder. Essa caracterÃstica do juiz, em minha época se chamava COVARDIA. Qual a punição desse magistrado? O máximo, aposentadoria.
Abuso de autoridade | 18/10/2023 23:11:07
As corregedorias do Poder Judiciário e da PolÃcia Civil tem que se atentar. Abuso de autoridade, exposição a imagem de pessoas investigadas e etc...A lei de abuso de autoridade é claro.
CIDADÃO ATENTO | 18/10/2023 23:11:02
Faltou, evidentemente, ao magistrado sensibilidade para se colocar no lugar de uma mãe que perdeu seu filho, assassinado (qualquer pai ou mãe que se ponha em tal lugar, teria mais tato com a situação). Exigiu dessa senhora que tivesse equilÃbrio emocional, que infelizmente o próprio magistrado não demonstrou ter. Não vi NENHUMA fala dessa senhora, para merecer a ordem de prisão, que se revelou arbitrária e abusiva. Se ela foi desrespeitosa com o magistrado em algum momento, certamente, não é com a prisão que se resolveria isso. Enfim...
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