A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve a prisão do estudante Pedro Carlos Christiano, alvo da operação “Sintetics” da Polícia Judiciária Civil (PJC), apontado como um “facilitador” para distribuição de drogas sintéticas no meio universitário.

Os magistrados da Segunda Câmara seguiram por unanimidade o voto do desembargador Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, relator de um habeas corpus ingressado pela defesa do suspeito contra a sua prisão. A sessão de julgamento ocorreu na manhã de quarta-feira (6).

Segundo a defesa, Pedro não seria o responsável direto pelo tráfico de drogas, e sim parte de um grupo formado por estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) que adquirem pequenas quantidades de entorpecentes para consumo próprio.

A defesa do estudante também conta que Pedro está preso desde dezembro de 2024 e que corre o risco de perder sua vaga na UFMT, além de revelar que ele seria um “team leader” (líder de torcida) de um time formado por alunos que disputam jogos “em todo o Brasil”.

O desembargador Jorge Luiz Tadeu Rodrigues não acatou as alegações, revelando que a denúncia aponta que Pedro teria “papel central no esquema”, coordenando a distribuição de drogas sintéticas utilizando contas bancárias de outras pessoas para dificultar o rastreamento do dinheiro. 

A operação “Sintetics” foi deflagrada em dezembro de 2024 pela PJC e cumpriu 52 mandados em Cuiabá, Cáceres além de Natal (RN). Conforme as investigações, um grupo seria responsável pela distribuição de drogas sintéticas no “meio universitário”, entre estudantes do ensino superior, raves, festas e outros eventos.