Cidades

Quarta-Feira, 21 de Maio de 2025, 19h30

MATANÇA

TJ nega bloquear contas de "Loira da 12" para indenizar vítima em MT

Dono da casa atacada a tiros tenta bloquear R$ 327 mil da atiradora

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

A Segunda Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça (TJMT) negou o bloqueio de R$ 327 mil contra Inês Gemilaki e Bruno Gemilaki, mãe e filho, réus pelos homicídios de dois idosos em Peixoto de Azevedo (674 Km de Cuiabá). As restrições de bens foram solicitadas por Enerci Afonso Lavall, o “Polaco”, proprietário da residência invadida pelos criminosos onde ocorreram as mortes, e principal “alvo” dos atiradores.

Os magistrados da Segunda Câmara seguiram por unanimidade o voto da desembargadora Marilsen Andrade Addario, relatora de um recurso de “Polaco” contra uma decisão anterior nos autos que já javia negado o bloqueio. A sessão de julgamento ocorreu no último dia 7 maio.

No processo, “Polaco” alega que os danos materiais provocados pelos réus - que quebraram vidraças e dispararam contra câmeras de monitoramento durante a invasão -, foi de R$ 27 mil. Ele pede mais R$ 300 mil pelo “profundo abalo psicológico nele e em sua família, expondo-os a situação de extrema violência e insegurança, com repercussões duradouras em sua saúde emocional”.

Em seu voto, a desembargadora Marilsen Andrade Addario analisou que a ação de indenização ainda se encontra na fase inicial e depende de “ampla dilação probatória” - ou seja, a produção de provas no processo, como depoimentos, eventuais perícias, análise de imagens etc.

“Além disso, não se verifica dos autos, ao menos nesta fase processual, nenhuma prova concreta ou mesmo início de prova de atos dos agravados que comprometam os seus patrimônios, os quais, inclusive, ao que tudo indica, encontram-se presos”, analisou a desembargadora.

O atentado realizado pela família Gemilaki chocou o Brasil e foi registrado por câmeras de monitoramento instaladas no imóvel, ganhando destaque nos meios de comunicação de abrangência nacional. Foram mortos no ataque, ocorrido em 21 de abril de 2024, Rui Luiz Bogo, de 81 anos, e Pilson Pereira da Silva, de 69 anos. Eles participavam de uma confraternização na casa de “Polaco”, supostamente o verdadeiro alvo dos atiradores.

Os crimes teriam sido motivados em razão de uma suposta dívida de aluguel cobrada por “Polaco” à Inês Gemilaki. Os assassinos invadiram a casa onde acontecia a confraternização e além das vítimas fatais, um padre também foi baleado.

Vídeos de segurança registraram o momento da invasão, quando vidraças da residência foram quebradas após disparos dos atiradores, que também tentaram danificar as câmeras do imóvel com seus tiros.

A inscrição do médico Bruno Gemilaki Dal Poz, que ajudou a mãe no atentado, consta como “regular” no Conselho Federal de Medicina (CFM).

Comentários (2)

  • Cuiabano  |  21/05/2025 22:10:27

    Judiciário está vermelho, sempre do lado errado, povo de bem sofre

  • Augusto Fernandes |  21/05/2025 20:08:20

    Se fosse na casa de um (a) magistrado (a) será que seria recusado o bloqueio?!

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