Sábado, 14 de Outubro de 2023, 08h32
DEVASTAÇÃO DE 1 HECTARE
TJ proíbe fazendeiro de explorar área desmatada; MP tenta bloquear contas em MT
No entanto, o pedido de bloqueio de contas foi negado pelos magistrados
LEONARDO HEITOR
Da Redação
A Segunda Câmara de Direito Público e Coletivo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) acatou, parcialmente, um recurso proposto pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), que tentava embargar uma área rural alvo de desmatamento de pouco mais de 1,1 mil hectares. Os desembargadores rejeitaram pedidos como o bloqueio de bens do produtor rural, mas proibiram que ele explorasse economicamente a área alvo da ação.
O recurso havia sido proposto pelo MP-MT, que pedia que o produtor rural Tarcízio Antônio Marin, fosse proibido de explorar uma área sem autorização, a partir de 2008, até que as informações existentes em um Cadastro Ambiental Rural (CAR) fossem validadas, confirmando assim a inexistência de passivo de Reserva Legal. Além disso, o órgão ministerial pedia que o suspeito não pudesse fazer uso produtivo da área, estando apenas autorizado a fazer a recuperação ambiental.
O MP-MT também pediu a indisponibilidade dos bens do produtor rural para garantir a reparação do dano ambiental, e que ele tivesse ainda suspensas linhas de crédito, benefícios e incentivos fiscais concedidos pelo poder público, além de ter a área embargada. O motivo foi o desmatamento a corte raso de 1.107,2836 hectares de uma propriedade dele, entre os anos de 2008 e 2018, sem autorização dos órgãos ambientais competentes, conforme apontado por imagens de satélite.
A juíza Thatiana dos Santos, da Vara Única de Cláudia, negou o pedido do MP-MT, alegando que a ação foi proposta baseada apenas nas imagens do satélite, o que impossibilitaria acatar a liminar, sendo necessária a realização de prova pericial, com análise presencial, para se constatar a ocorrência do dano ambiental. No recurso, o órgão ministerial apontou que a magistrada desprezou as provas produzidas.
Na decisão, os desembargadores entenderam que não ficou comprovada a necessidade de aplicação de medidas assecuratórias, como indisponibilidade de bens, assim com o embargo judicial da área e a suspensão de linhas de créditos e benefícios ou incentivos fiscais. No entanto, os magistrados entenderam que deveria sim serem aplicadas medidas necessárias para assegurar o meio ambiente.
“Ante o exposto, conheço e dou parcial provimento ao presente recurso, a fim de compelir a parte agravada Tarcizio Antonio Marin, a implementar as seguintes medidas: Não explorar economicamente as áreas desmatadas passíveis de uso sem autorização do órgão ambiental após 22.07.2008, até que haja a validação das informações do Cadastro Ambiental Rural – CAR, confirmando a inexistência de passivo de Reserva Legal; Não realizar o uso produtivo das áreas irregularmente desmatadas após 22.07.2008, utilizando-as somente para a finalidade de recuperação ambiental; Protocolar, no prazo de 90 dias, perante o órgão ambiental competente, o Projeto de Recuperação de Área Degradada e Alterada (PRADA), cujo plano deverá ser executado, no prazo de seis meses, contados da sua aprovação, observado o lapso temporal indicado pela Sema; Abster-se de promover novos desmatamentos não autorizados e manter todas as suas atividades poluidoras ou potencialmente poluidoras devidamente licenciadas”, diz a decisão.
Joaquim pinto | 15/10/2023 07:07:18
Pior ta lá em gaza,pior que é por um pedaço de terra, esse MP que tem estabilidade,tem seus penduricalhos,fica tolindo o direito de quem planta,cria e produz ,muita falta dd sensatez
Dito | 14/10/2023 11:11:17
Aà o cara vai tentar se regularizar junto a Sema, quase impossÃvel, vai levar uns 20 anos, além de aparecer um monte de gente tentando extorquir o proprietário, Brasil sendo Brasil....
STJ nega transferência de megatraficante para cumprir pena em MT
Domingo, 13.07.2025 20h50
Prefeitura de Cuiabá investe R$ 65 milhões em políticas sociais
Domingo, 13.07.2025 19h20
Padre que estuprou coroinhas em MT não poderá trabalhar fora da cadeia
Domingo, 13.07.2025 17h40
Médico alerta para 'pandemia' de pessoas 'desatentas ao presente'
Domingo, 13.07.2025 17h21
Hospital Regional de Sinop já realizou 2,3 mil cirurgias este ano
Domingo, 13.07.2025 16h55