Quinta-Feira, 22 de Maio de 2025, 16h23
TJMT promove encontro sobre inovação jurídica e uso da inteligência artificial
Da Redação
Com foco em inovação, produtividade e humanização do sistema de justiça, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em parceria com o Instituto Mato-grossense de Advocacia Network (IMAN), realizou nesta quinta-feira (22.05) o “Encontro de Inovação Jurídica e Inteligência Artificial para os Operadores do Direito”, reunindo advogados, juízes, servidores e especialistas no Auditório Gervásio Leite, na sede do TJMT, das 8h às 11h30.
Representando o presidente do TJMT, desembargador José Zuquim, o juiz- auxiliar da Presidência do TJMT, Emerson Cajango, foi direto ao ponto ao abrir o evento:
“A coqueluche do momento é a inteligência artificial. E a pergunta que precisamos fazer não é se ela vai substituir nosso trabalho, mas como ela pode nos auxiliar. Não vamos perder emprego para a IA, mas para quem souber utilizá-la melhor do que nós”, afirmou, ao destacar a importância do letramento digital como ferramenta de qualificação e eficiência no sistema de justiça e o papel da inteligência artificial como aliada do tempo, da produtividade e da comunicação no universo jurídico.
O evento teve como destaque a palestra do advogado e especialista em inteligência artificial aplicada ao Judiciário, Cleylton Mendes Passos, que abordou o tema “A Inteligência Artificial na Prática Jurídica”,
“A inteligência artificial não veio para substituir o humano, mas para devolver a ele o que há de mais precioso: tempo. Tempo para pensar, tempo para planejar, tempo para fazer o que só nós, humanos, sabemos fazer”, Cleylton.
Para ilustrar bem o impacto dessa frase, o especialista apresentou ferramentas úteis para advogados, magistrados e servidores, demonstrando como o uso inteligente de plataformas como ChatGPT, Perplexity, Manus e outras pode transformar tarefas repetitivas em decisões estratégicas baseadas em dados reais. “Se a gente tiver uma hora a mais no dia, vai usar para ser mais humano, não para se robotizar”, disse ele.
Em sua análise, o Brasil vive um momento de revolução silenciosa no Judiciário. “Hoje são mais de 140 projetos de IA nos tribunais brasileiros, como o projeto VITOR(IA), do STF, e aqui no TJMT, o Lexia, desenvolvido com o desembargador Luiz Octávio Saboia. Isso mostra que o futuro não é mais uma previsão, ele já começou”.
Segurança da informação também foi tema central. O especialista abordou as objeções sobre o uso de dados sensíveis em plataformas de IA, propondo alternativas práticas como a anonimização e a adoção de boas políticas de governança. “Se armazenamos nossos processos no Google Drive ou Dropbox, por que não considerar o uso responsável de ferramentas de IA, respeitando as normas de proteção de dados?”, provocou.
Já a advogada e especialista em Direito Civil e Neurociência aplicada ao Direito, Brenda Viana, trouxe uma perspectiva complementar com a palestra “Marketing Jurídico e Posicionamento Digital: !Como Monetizar a Presença nas Redes”. Segundo ela, a comunicação eficiente também é uma ferramenta de transformação na Justiça.
“Hoje não basta ser bom. É preciso parecer bom e comunicar isso com autenticidade. Muitas vezes, a população desconhece serviços inovadores do Judiciário, como a reclamação pré-processual, porque isso não é comunicado de forma estratégica”, afirmou. Para ela, o segredo está na humanização e na presença ativa dos representantes, ou seja, as personificações humanizadas do judiciário, nas redes sociais.
A especialista defendeu que juízes, servidores e advogados podem e devem se posicionar digitalmente para aumentar a confiança da sociedade nas instituições. “As pessoas se conectam com pessoas, com histórias reais. O institucional tem seu papel, mas é a presença individual que gera engajamento verdadeiro.”
O público presenciou ainda demonstrações práticas de uso de IA, como elaboração de petições, análise de dados processuais e criação de estratégias jurídicas com o apoio de ferramentas digitais. Cleylton enfatizou que não é preciso saber programar para utilizar essas tecnologias. “Se você sabe digitar, você já pode começar. Basta saber o que perguntar e oferecer contexto correto e mais completo possível”.
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