Cidades

Sábado, 09 de Novembro de 2024, 09h10

REGIME FECHADO

Vereador mais votado em cidade de MT é condenado por tráfico de armas

Trata-se de Sérgio Reis, do PP, que se passava por policial civil

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve a condenação por tráfico de armas, e associação criminosa, do candidato a vereador nas eleições de 2024 mais votado em Água Boa (750 Km de Cuiabá), Sebastião Sérgio Reis (PP). Ele se passava por policial civil e foi sentenciado a 11 anos e 4 meses para cumprimento em regime fechado pelos crimes.

Os magistrados da Segunda Câmara seguiram por unanimidade o voto do desembargador Pedro Sakamoto, num de seus últimos atos antes de se aposentar. Em julgamento na manhã desta quarta-feira (30), ele negou em seu voto um recurso de apelação ingressado pelo vereador eleito.

Nos autos, a defesa de Sérgio Reis argumentou que há fragilidade nas provas e indícios contra seu cliente, que teria se associado a um policial penal identificado como Fabiano Beckmann Pedroso para o comércio ilegal de armas de fogo. O desembargador Pedro Sakamoto não concordou com as alegações, entendendo que ao contrário do que a defesa expôs, a condenação sofrida por Sebastião detalhou os crimes “de forma exaustiva”.

Segundo a denúncia, Sérgio Reis e Fabiano Beckmann se apresentavam como policiais e pressionavam um terceiro suspeito para que ele “conseguisse” armas, por meio de furto, para eles venderem.

Numa das ações da quadrilha, conforme revelou a denúncia, uma arma de fogo de um “conhecido” de Beckmann teria sido furtada. Ele e Sérgio Reis passaram a pressionar o terceiro suspeito para que ele recuperasse o item bélico, o ameaçando de “plantar drogas” em sua residência para forjar um flagrante.

“O acusado Sebastião Sérgio participava do esquema criminoso juntamente com o acusado Fabiano, e que inclusive, eles se apresentavam como policiais. O acusado Fabiano indicaria o local onde estariam as armas, e, o réu deslocava-se até o local para subtraí-las. Expõe ainda, que, em determinada situação fora furtada uma arma de fogo de um conhecido do acusado Fabiano, e por isto, este, juntamente com o réu Sebastião deslocaram-se até a residência do acusado para pressioná-lo a recuperar esta arma de volta”, diz a denúncia.

Ele também seria responsável por cuidar de uma chácara que pertence a Fabiano Beckmann, flagrado com 22 munições (calibre 380), 210 munições (calibre 22), 26 espoletas para cartucho, 16 munições (calibre 38), 01 munição (calibre 32) e 01 munição (calibre 40).

Sérgio Reis foi o candidato a vereador mais votado em Água Boa no ano de 2024, com 817 votos. A manutenção da condenação não reflete imediatamente na perda do mandato, nem na prisão do vereador eleito, que ainda pode recorrer.

Comentários (6)

  • Dr João  |  28/12/2024 16:04:33

    Esse vereador Sergio Reis é perseguido, condenado somente por pronúncia, o próprio TJ tem entendimento que por mera pronuncia não se pode condenar alguém, apenas relatório policial. Quase todos policiais envolvidos têm ligação com política, e o promotor é casado com uma médico ao qual o vereador mais votado Sérgio Reis já confrontou por negligência medicas. Não tem materialidade, é basta olho o processo. E um dos réus que falam que tinha falado que seria ele um dos envolvidos falou no julgamento de instrução que a policial tentou coagi-lo para incrimina-lo, para colcoar o nome dele no processo, basta assitir o julgamento de instrução. Basta olhar o processo, uma gambiarra jurídica para incriminá-lo, o processo penal e a constituição rasgada. Fala que vende arma mas não tem gravação, degravação, escuta, grampo, não tem alguém que ele vendeu ou que ele comprou, não tem movimentação bancária, no celular dele é notebook nada encontrado, nas busca e apreensão nada encontrado.

  • Dr. João Rodrigues  |  28/12/2024 14:02:13

    Esse vereador Sergio Reis é perseguido, condenado somente por pronúncia, o próprio TJ tem entendimento que por mera pronuncia não se pode condenar alguém, apenas relatório policial. Quase todos policiais envolvidos têm ligação com política, e o promotor é casado com uma médico ao qual o vereador mais votado Sérgio Reis já confrontou por negligência medicas. Não tem materialidade, é basta olho o processo. E um dos réus que falam que tinha falado que seria ele um dos envolvidos falou no julgamento de instrução que a policial tentou coagi-lo para incrimina-lo, para colcoar o nome dele no processo, basta assitir o julgamento de instrução. Basta olhar o processo, uma gambiarra jurídica para incriminá-lo, o processo penal e a constituição rasgada. Fala que vende arma mas não tem gravação, degravação, escuta, grampo, não tem alguém que ele vendeu ou que ele comprou, não tem movimentação bancária, no celular dele é notebook nada encontrado, nas busca e apreensão nada encontrado.

  • ZÉ CARAMBA |  09/11/2024 11:11:41

    Deve ser bostanarista, com certeza, veja pefil desse individuo.

  • Matusalém |  09/11/2024 11:11:22

    Outro patriota, gente de bem, deuspátriafamília.

  • Maria Fernandes |  09/11/2024 10:10:28

    Correção: Sérgio Reis não é ex policial civil. Fabiano Beckman é Policial Penal.

  • Wandervaney Soares da Silva |  09/11/2024 10:10:10

    Sergio Reis, não era policial civil, por favor corrija,

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