É completamente incerto o destino da herança de Tim Maia. Geisa Gomes da Silva, ex-mulher do cantor, revelou que Carmelo Maia, único herdeiro oficialmente reconhecido do artista, não é seu filho biológico. A declaração foi dada ao Domingo Espetacular.

Geisa contou que conheceu Tim Maia aos 15 anos e que, apesar de um relacionamento tumultuado, o cantor sempre esteve ciente de que não era o pai biológico de Carmelo. Segundo ela, Tim Maia morreu em 1998 com essa certeza. “Tim colocou um detetive para me achar, e ele já sabia que eu estava grávida, mas ficou fascinado pelo neném”, disse Geisa, referindo-se ao nascimento de Carmelo.

Disputas judiciais e familiares

A declaração de Geisa ocorre em meio a uma série de disputas judiciais entre Carmelo e Leo Maia, ambos considerados filhos do cantor, embora Leo tenha sido criado por Geisa e Carmelo por uma tia de Tim. Em um dos processos, Leo busca o reconhecimento da paternidade socioafetiva, negado recentemente pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Carmelo, que administra o espólio do cantor, processou Leo pelo uso não autorizado da marca e obra de Tim Maia, resultando em uma decisão judicial que o obriga a pagar uma multa de R$ 35 mil por show realizado sem permissão.

Além disso, Geisa está envolvida em litígios contra Carmelo, exigindo uma pensão para ajudar com despesas médicas, embora ela esclareça que o valor pedido inicialmente foi distorcido por sua advogada.

Procurado pela Record, Carmelo Maia não se pronunciou sobre as declarações de sua mãe. Geisa, por outro lado, expressou seu amor pelos filhos, apesar das disputas e ressentimentos. “Amo meu filho, eu nunca vou deixar de amar ele. Por mais dinheiro que ele tenha, por mais que ele fale mal de mim, eu não vou deixar de amar”, disse emocionada.

A disputa pela herança e reconhecimento familiar de Tim Maia está longe de um desfecho. Além de Geisa, outro potencial herdeiro surgiu. O coreógrafo Rodrigo Rezende alega ter indícios de ser filho do cantor, o que levou a uma nova investigação de paternidade e a possibilidade de uma nova exumação do corpo de Tim Maia, devido ao encerramento do convênio entre o TJ-RJ e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, onde o DNA do cantor estava armazenado.