Terça-Feira, 12 de Agosto de 2025, 20h00
EFEITO FELCA
Justiça manda bloquear acesso de Hytalo Santos às redes sociais
Também foi proibido o contato do influenciador com menores
G1
A Justiça da Paraíba mandou bloquear o acesso de Hytalo Santos às redes sociais e também proibiu o influenciador de ter contato com menores de idade citados no processo que o investiga pela exposição dos menores em vídeos com conteúdo sexual. A decisão é em caráter provisório.
O pedido foi feito pelo Ministério Público da Paraíba, em uma ação civil pública. Na ação, além dos dois pedidos, a promotora Ana Maria França solicita também que os vídeos de Hytalo que já estão no ar em diversas redes sociais sejam desmonetizados, ou seja, não possam dar retorno financeiro para o influenciador paraibano. A Justiça também acatou o pedido para desmonetizar os conteúdos.
A ação civil pública é assinada por uma das promotoras que investigam o caso, Ana Maria França, que responde pela promotoria da cidade da cidade de Bayeux. Uma outra investigação, feita pelo promotor de João Pessoa, também segue em curso e informou que o relatório do inquérito vai ser finalizado na próxima semana.
Para o g1, o MP confirmou que Hytalo Santos foi ouvido, em Bayeux, em 30 de maio de 2025, neste braço do processo. As vítimas, "por questões de evitar revitimização", não foram ouvidas, porque já tinham sido interrogadas no processo em João Pessoa.
O promotor João Arlindo, da promotoria da capital, disse que o influenciador também foi ouvido no outro braço do processo e que ele negou as acusações. Desde a sexta-feira (8), a conta do influenciador no Instagram está fora do ar, após o humorista Felca ter denunciado suposta exploração de menores de idade feita pelo paraibano.
Ainda conforme o MP, o órgão não foi responsável inicial pela suspensão da conta do influenciador, mas, após o ocorrido, solicitou que a medida fosse mantida e ampliada para outras redes sociais.
O g1 entrou em contato com a Meta, empresa responsável pelo Instagram, e questionou sobre a decisão judicial. A empresa ainda não respondeu até a última atualização dessa matéria. A reportagem também entrou em contato com o Google, dono do YouTube, que informou por meio de assessoria que vai apurar os fatos para emitir um posicionamento.
O TikTok informou, em nota, que um perfil do influenciador foi banido em 2025 pela segunda vez, já que em 2023 uma outra conta foi retirada do ar. A empresa não forneceu mais detalhes. A reportagem entrou em contato com a defesa de Hytalo Santos, que não respondeu até a última atualização dessa reportagem.
A conta de Kamylinha Santos, de 17 anos, que participa dos vídeos do Hytalo Santos, também foi desativada, segundo a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda. Em nota, a secretaria informou que o motivo do bloqueio foi por se tratar de uma menor de idade fazendo publicidade de casas de aposta.
No vídeo da denúncia do influenciador Felca, ela aparece como um dos principais exemplos de adultização e sexualização de menores. A influenciadora começou a gravar com Hytalo Santos vídeos de dança quando ainda era criança e foi adotada por ele aos 12 anos.
O influenciador paraibano Hytalo Santos dava celulares, pagava aluguel de casas e também a mensalidade de colégios para familiares de menores que apareciam em 'reality' nas redes sociais.
Ao g1, um dos promotores do caso, João Arlindo Côrrea, informou que o MP investiga um possível esquema de benefícios para familiares dos menores em troca de emancipação dos adolescentes que participavam desses vídeos. Essa possibilidade foi levantada a partir de depoimentos durante o processo.
"O que ele fazia não necessariamente era em relação a criança. 'Olha, o senhor emancipa o adolescente que eu vou custear o colégio da pessoa, etc', não. Mas, por exemplo, há informes de que ele dava iPhones, alugava casa (para os familiares)...", ressaltou.
O promotor explicou também que a investigação tenta descobrir se existe alguma relação entre os “presentes” e o fato de alguns adolescentes terem conseguido a emancipação para aparecer nos vídeos. Mas, segundo ele, fazer essa conexão é "difícil", principalmente devido à anuência dos responsáveis.
Conforme o promotor, cerca de 17 adolescentes menores de idade participam desses vídeos produzidos por Hytalo Santos. O promotor disse que conseguiu ouvir grande parte deles durante o processo e que os ouvidos eram todos emancipados.
O MP também investiga os pais dos adolescentes que apareciam nos vídeos de Hytalo Santos. Segundo a promotoria, os responsáveis podem ter se omitido na proteção dos filhos, o que, caso as denúncias sejam confirmadas, pode configurar responsabilidade pela exposição indevida e pelos danos causados aos menores.
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