Uma adega de vinhos em São Paulo (SP) vai devolver R$ 1,9 mil ao Laboratório Carlos Chagas, em Mato Grosso, depois de dar um "calote” em duas garrafas de vinho que seriam utilizadas pelo estabelecimento para presentear médicos. A decisão é do juiz da 6ª Vara Cível de Cuiabá, Ramon Fagundes Botelho, e foi proferida no dia 31 de maio de 2023.

No processo, o Laboratório Carlos Chagas conta que adquiriu duas garrafas do vinho Almaviva, safra 2013, pelo valor de R$ 1,9 mil da adega paulistana Wine Spanholo.

As notas de baunilha e café, com toques de especiarias do Almaviva – segundo, é claro, os especialistas no assunto -, deram lugar a um cheiro de fraude no negócio. FOLHAMAX fez uma pesquisa em 6 sites especializados na venda de vinhos e encontrou o Almaviva safra 2013 em apenas um deles, pelo valor unitário de R$ 3,5 mil.

O Laboratório Carlos Chagas reclamou que não pode presentear os médicos, que ficaram sem degustar um vinho que tem o valor de uma viagem para o nordeste.

“A autora narra em sua inicial que adquiriu da empresa ré duas garrafas do Vinho Almaviva, safra 2013, originarias da vinícola Almaviva, no valor de R$ 1.898,00. Diz que os vinhos tinham por finalidade presentear expoentes da classe médica em suas festas comemorativas de aniversário. Ocorre que, a requerida não realizou a entrega das garrafas e se negou a restituir a importância paga”, reclama o laboratório.

O juiz Ramon Fagundes Botelho concordou com a devolução do dinheiro, revelando que a Wine Spanholo sequer se defendeu no processo.

Trazendo um fator gustativo amplo, equilibrado e persistente, o Almaviva acompanha carnes de caça, como magret de pato, costeletas de javali ao poivre, além do carré de cordeiro ao molho de amoras – obviamente, de acordo com “especialistas”.