Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 08h03
CRISE NO AGRO
Advogada receberá R$ 1,3 mi para administrar empresa em recuperação
Inicialmente, ela pediu R$ 2,1 milhões, mas após negociação aceitou receber menos
DIEGO FREDERICI
Da Redação
A advogada empresarial Lorena Larranhagas Mamedes, de Cuiabá, vai receber R$ 1,3 milhão para ser a administradora judicial do processo de recuperação da 7Sete Agroindustrial, que acumula dívidas de R$ 96,5 milhões.
Em publicação da última quarta-feira (8), a 1ª Vara Cível de Cuiabá, onde tramita o processo, informou o fim das negociações entre a advogada, que pediu inicialmente R$ 2,1 milhões para realizar o trabalho, e a empresa em crise, que queria um “desconto”. Num processo de recuperação, a administradora judicial tem o papel de auxiliar os trabalhos do Poder Judiciário com a análise contábil e financeira da organização que tenta se reerguer, além da consolidação de seus credores, e outros serviços.
Ao final, Lorena Larranhagas Mamedes aceitou dar o “desconto” de quase R$ 1 milhão de sua proposta inicial, se comprometendo a realizar o serviço por R$ 1,3 milhão, que será pago em 22 parcelas mensais de R$ 55 mil. A juíza Anglizey Solivan de Oliveira, que atua na 1ª Vara Cível de Cuiabá, considerou a proposta “condizente” com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“A contraposta no valor de R$ 1.310.000,00, equivale a 1,36% do passivo declarado o que, além de ser condizente com os parâmetros exigidos pela LRF, contou com a anuência da administradora judicial demonstrando se adequar ao caso concreto, como o número de pessoas físicas e jurídicas que integram o polo ativo e o número de credores arrolados, a necessidade de análise de vasta documentação, o local onde exercem suas atividades, bem como de outras peculiaridades do caso”, concordou a juíza.
A empresa em crise pertence ao ex-candidato a deputado federal nas eleições de 2022, Ernando Cardoso, que disputou o pleito pelo Republicanos. Ele conta nos autos que iniciou suas atividades no ano de 2012 no Rio Grande do Sul atuando em outro ramo – comércio varejista de cereais, óleos de cozinha etc. Em 2014 a 7Sete Agroindustrial veio para Cuiabá e no ano seguinte começou a prestar serviços de esmagamento de soja em parceria com outra empresa, período em que acumulou dívidas.
Depois da falência da empresa parceira, a 7Sete Agroindustrial mudou novamente seu ramo de atuação para o comércio de grãos, o que fez com que as dívidas se acumulassem ainda mais. Com o passar dos anos, a empresa voltou a esmagar soja numa nova planta industrial, além de plantar seus próprios grãos.
Como não conseguiu honrar seus compromissos, Ernando Cardoso adquiriu novos empréstimos em soja para saldar seus acordos comerciais, entretanto, também deixou de pagar a dívida, sendo acusado de calote.
Ernando Cardoso teve 7.260 votos nas eleições de 2022 e não foi eleito.
Realidade | 14/05/2024 06:06:34
Não sei porque publicam esse tipo de matéria. A realidade dos administradores judiciais em processos semelhantes é outra: quase ninguém recebe. Além disso, é preciso se informar melhor antes dos ?furos?. LRF é a Lei 11.101/05, conhecida como Lei de Recuperação Judicial e Falência e não Lei de Responsabilidade Fiscal que nada tem a ver como o assunto.
Mar | 13/05/2024 10:10:04
Deveria ser o teto mensal da magistratura. Seria mais justo. Iria trabalhando, com o acompanhamento do juiz e das partes interessadas. Desse jeito que está serão dificultado os pagamentos dos credores. A administradora se transforma em sócia prioritária da firma em recuperação. Muito injusto, na minha opinião. Falta razoabilidade.
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